Perspectivas de investimento são boas, especialmente na Europa e Ásia, onde índices das maiores empresas americanas podem oferecer oportunidades com desempenho favorável em relação à inflação pública e crescimento da economia do país.
Na cena financeira global, a perspectiva de crescimento dos investimentos nos Estados Unidos tem sido um dos assuntos mais discutidos ultimamente, especialmente após o índice das maiores empresas americanas, o S&P 500, ter alcançado uma série de máximas históricas em 2021. De acordo com a gestora americana Franklin Templeton, as perspectivas são favoráveis para os investimentos nos Estados Unidos, mesmo com o índice tendendo a alcançar 60 máximas históricas em um ano.
Para os investidores, é importante lembrar que investir em diferentes ativos pode ser uma estratégia para diversificar o portfólio. Alguns investimentos, como títulos governamentais, podem oferecer renda estável, enquanto outros, como ações de empresas líderes em seus setores, podem oferecer maior potencial de crescimento. A Franklin Templeton aposta em uma abordagem diversificada para os investimentos, buscando oferecer aos seus investidores uma oportunidade de investir em uma variedade de ativos e maximizar as chances de sucesso em diferentes cenários de mercado.
Investimentos em Tempos Incertos: Riscos e Oportunistas
Daniel Popovich, um renomado gestor de portfólio, alertou que o investimento em uma das maiores economias do mundo, como a dos Estados Unidos, não é completamente livre de riscos. Em um evento realizado pela gestora Mirae em São Paulo, ele enfatizou a importância de considerar os riscos envolvidos, especialmente em relação ao desempenho da inflação de serviços que ainda está em um nível alto. Isso, por sua vez, pode afetar o desempenho do investimento.
A gestora Mirae, que supervisiona investimentos em todo o mundo, considera que a inflação ainda pode registrar oscilações nos próximos meses. Além disso, há o risco de que a dívida pública cresça ainda mais no país, devido a políticas protecionistas que podem ser priorizadas em um novo mandato do republicano Donald Trump. Apesar disso, acreditamos que há espaço para cortar os juros.
O mercado de ações dos Estados Unidos tem apresentado um desempenho consistente nos últimos anos, o que pode ser um atrativo para os investidores. No entanto, Daniel Popovich destacou que o mercado pode não estar isento de riscos. Na visão dele, o principal risco é a possibilidade de o mercado ficar mais caro demais. Embora haja razões para as ações ficarem mais caras, o gestor de portfólio enfatizou a importância de considerar os riscos envolvidos.
As empresas americanas têm apresentado um crescimento de lucros maior do que outras regiões em várias janelas de tempo, o que pode ser um indicador positivo para os investimentos. Além disso, as companhias listadas vêm surpreendendo os investidores ao divulgarem seus resultados, o que pode ser um sinal de saúde para o mercado.
A economista-chefe da gestora Mirae, Marianna Costa, também apontou que o cenário-base no continente é de desaceleração das economias. Além disso, existem muitas dúvidas sobre como os países, especialmente a China, devem ser impactados por eventuais tarifas dos Estados Unidos a produtos importados após Trump assumir. É um impacto que pode ser maior do que o sentido em 2018, durante o primeiro mandato do novo presidente, pois agora a economia está mais enfraquecida.
Em resumo, os investimentos em mercados internacionais, especialmente os dos Estados Unidos, podem estar sujeitos a riscos, como a inflação e a dívida pública. No entanto, existe espaço para cortar os juros e acredita-se que o crescimento do país será positivo, mas não exagerado. É importante lembrar que o mercado de ações pode ser volátil e que é fundamental considerar os riscos envolvidos antes de investir.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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