Nomeação de Scott Bessent como secretário do Tesouro pelo presidente eleito Donald Trump, valorizada pela segurança econômica e perspectiva estável para os EUA, contrastando com uma política externa de ativos em cessar-fogo.
O mercado de ouro brasileiro reviveu em forte ascensão após a queda do preço do ouro em 2021, com valor de mercado de US$ 1.944 bilhões. Essa ascensão se deve à crise sanitária causada pela pandemia de Covid-19, que impulsionou o investimento em ativos precisos, como o ouro.
A meta de investir em ouro se expandiu durante a pandemia, impulsionada pela busca por segurança e estabilidade financeira. Dados da World Gold Council mostram que em 2020, o investimento em ouro cresceu 74%, até US$ 134 bilhões, com destaque para os metais preciosos como investimentos atrativos.
Ouro: uma escolha ponderada para o Tesouro
O mercado do ouro experimentou uma reversão de 3,45% no fechamento, levando o preço da onça-troy a US$ 2.618,5. Esta variação tem reflexos diretos na perspectiva econômica dos investidores, que buscam estabilidade em um cenário de incertezas. O nomeado secretário do Tesouro, Scott Bessent, é visto como uma escolha equilibrada, o que poderia trazer mais consistência à política econômica dos EUA, afirma Fawad Razaqzada, da StoneX. No entanto, relatórios de cessar-fogo nas tensões no Oriente Médio acalmaram a procura por ativos de metais preciosos, como o ouro, com descontos.
A notícia da nomeação de Scott Bessent trouxe uma sensação de confiança aos investidores, que vêem sua escolha como uma garantia de estabilidade econômica, tanto em termos de segurança quanto de perspectiva. Embora o ouro seja um ativo tradicionalmente utilizado como refúgio em tempos de incertezas, o mercado atual está focado na estabilidade econômica, o que faz com que a demanda por ouro seja menor.
A redução das tensões geopolíticas no Oriente Médio foi um fator importante para a queda na demanda por ouro. Os investidores, que em geral buscam ativos de segurança em tempos de instabilidade, estão agora mais focados na segurança econômica, o que reduz a procura por ouro. Além disso, a política externa dos EUA, que tem sido um fator de incerteza em termos de comércio e investimentos, também está sendo reavaliada, o que pode afetar a perspectiva econômica do país.
A queda na demanda por ouro também é reflexo da perspectiva geral do mercado. Com a estabilidade política e econômica, os investidores estão mais dispostos a correr riscos em outras áreas, o que reduz a procura por ativos tradicionalmente seguros, como o ouro. A política econômica do novo governo, liderado por Donald Trump, que inclui mudanças significativas na política tributária e na regulação, também é vista com ceticismo pelos investidores, o que pode afetar a estabilidade econômica a longo prazo.
A redução da demanda por ouro, portanto, é um reflexo da mudança na perspectiva dos investidores, que estão buscando mais estabilidade econômica e política. Os ativos de segurança, como o ouro, ainda são uma opção para os investidores, mas não são mais a escolha principal, especialmente em um cenário de redução das tensões geopolíticas.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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