Produção da empresa de mineração nos 9 primeiros meses do ano está 20% acima do mesmo período de 2023, com alta do ouro, impulsionando o crescimento consecutivo como prestador de serviços de extração de rochas duras em full capacity, com mais de 1 milhão de onças equivalentes.
A mineradora Aura Minerals, liderada por Rodrigo Barbosa, tomou uma decisão estratégica em sua mina de Almas, localizada no estado do Tocantins, durante o segundo trimestre. A empresa optou por substituir a empresa responsável pelos serviços de extração de ouro no local, visando melhorar a eficiência e a produtividade da mina. Almas é o primeiro projeto greenfield da mineradora no Brasil e entrou em operação no ano passado.
A mudança na empresa de extração de ouro é um passo importante para a Aura Minerals, pois permitirá que a mineradora otimize seus processos e aumente a produção de metal precioso. Além disso, a empresa também busca melhorar a segurança e a sustentabilidade da mina, alinhando-se com as práticas mais modernas e responsáveis do setor. Com essa mudança, a Aura Minerals espera aumentar sua participação no mercado de ouro e prata, consolidando sua posição como uma das principais mineradoras do país. A busca por eficiência é fundamental para o sucesso da empresa.
Ouro: A escolha arriscada da Aura
A Aura tomou uma decisão arriscada ao escolher um prestador de serviços com menos experiência em mineração de ouro, mas com um custo 10% a 15% menor. Embora o início tenha sido promissor, as dificuldades surgiram à medida que as rochas duras começaram a aparecer. ‘Precisamos de rapidez para trocar e recuperar a produtividade. Estamos em full capacity em Almas’, afirma Barbosa, CEO da Aura, em entrevista ao NeoFeed.
Recuperação da produção de ouro
A recuperação do ritmo de produção de Almas contribuiu para o volume total de onças equivalentes de ouro da Aura chegar a 68.246 no terceiro trimestre, 10% acima do mesmo período do ano passado. Esse foi o quinto trimestre consecutivo de crescimento. A produção total da Aura está em 200.758 GEO, 20% acima do registrado de janeiro a setembro de 2023. Se o ritmo se mantiver no próximo trimestre, a mineradora ficará na parte de cima do guidance deste ano, que está entre 244 mil e 292 mil onças equivalentes de ouro.
Desafios e oportunidades
Com a recuperação de Almas, o crescimento da mina hondurenha de Minosa e a estabilidade de produção da mina mexicana de Aranzazu, o desafio da Aura está na mina Apoena, em Mato Grosso. O local registrou uma queda de 28% na produção em 12 meses em razão de um atraso na aprovação de um novo local de exploração e da chegada para extração de materiais mais duros, onde naturalmente se gasta mais tempo. Segundo Barbosa, o quarto trimestre já deve mostrar um avanço, mas ‘não a solução completa para o ritmo que nós gostaríamos’.
Impacto do preço do ouro
Ao longo deste segundo semestre, o resultado da Aura vai ser impactado pelo preço de venda do ouro. No primeiro semestre, a empresa registrou um Ebitda de US$ 110 milhões para uma produção de 133 mil GEO no período. De janeiro a junho, o metal estava sendo negociado perto de US$ 2 mil a onça-troy. ‘Neste segundo semestre, o ouro está US$ 400 por onça acima do semestre anterior. Estou produzindo mais, com preço de venda maior e custo potencialmente menor. É uma alavanca significativa para o resultado’, afirma o CEO da Aura. A empresa também trabalha com prata, outro metal precioso que tem sido valorizado recentemente.
Valor de mercado e perspectivas
Com valor de mercado de R$ 4,6 bilhões, a Aura é listada na bolsa de valores do Canadá. O recibo das ações na B3 acumulam alta de 82% no ano. A empresa está bem posicionada para aproveitar o crescimento do mercado de ouro e prata, e seus esforços para melhorar a eficiência e reduzir custos devem contribuir para um resultado positivo no futuro.
Fonte: @ NEO FEED
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