No Brasil, o câncer de mama é a principal causa de óbito por câncer entre as mulheres, especialmente entre 50 e 69 anos. Estima-se 73.610 novos casos em 2024. Fatores de risco, como cardiotoxicidade aguda, podem afetar a microcirculação e aumentar o risco de doença cardiovascular com terapias hormonais.
No Brasil, o câncer de mama é uma das principais causas de morte entre as mulheres, especialmente na faixa etária de 50 a 69 anos, onde pode representar até 45% dos óbitos por câncer. Além disso, o câncer de mama é uma doença que afeta não apenas a saúde física, mas também a mental e emocional das pacientes.
De acordo com estatísticas, em 2024, são esperados 73.610 novos casos de câncer de mama no país. É importante lembrar que a detecção precoce é fundamental para o tratamento eficaz da doença. Além disso, o câncer de mama e o câncer de próstata são dois dos tipos de câncer mais comuns no Brasil, e a conscientização sobre essas doenças é essencial para a prevenção e o tratamento. A prevenção é a melhor arma contra o câncer.
Conhecendo a Relação entre o Câncer de Mama e o Coração
Embora o câncer de mama seja uma doença grave, poucas pessoas sabem que existe uma estreita relação entre essa condição e a saúde do coração. De acordo com especialistas, cerca de 1 a 20% dos pacientes com câncer de mama podem apresentar comprometimento cardíaco. Isso ocorre porque ambos compartilham os mesmos fatores de risco, como obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool, diabetes e mulheres na pós-menopausa.
Além disso, o tratamento do câncer de mama pode acarretar em sequelas graves no coração. De acordo com o cirurgião cardíaco Dr. José Leitão, cerca de 15% das causas de óbitos após o tratamento do CA de mama são por insuficiência cardíaca, infarto, AVC ou arritmias, especialmente em mulheres acima de 70 anos ou com estágio mais avançado da doença.
O Impacto da Radioterapia e Quimioterapia no Coração
A radioterapia, que consiste na aplicação de feixes de radiação sobre a área onde está localizado o tumor, pode danificar a microcirculação de órgãos e tecidos saudáveis, tornando-os mais frágeis. No caso do coração, a radioterapia pode causar problemas no músculo e nas artérias, inflamação do pericárdio, defeito nas válvulas, infarto e arritmia.
Já os quimioterápicos, ou seja, medicamentos que servem para destruir as células cancerígenas, podem afetar diretamente o coração, causando lesões agudas ou crônicas, conhecidas como cardiotoxicidade. Isso acontece porque os medicamentos quimioterápicos alteram o metabolismo cardíaco. As antraciclinas, por exemplo, estão relacionadas ao desenvolvimento de insuficiência cardíaca, que muitas vezes é irreversível, podendo afetar até 14% dos pacientes.
Terapias Hormonais e Risco de Doença Cardiovascular
Em 2021, a American Heart Association (AHA) publicou uma pesquisa que enfatizou que as terapias hormonais para o tratamento de câncer de mama e de próstata podem aumentar o risco de infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral. Em pacientes com câncer de mama, o tamoxifeno apresentou aumento do risco de eventos tromboembólicos venosos, porém com efeitos de alguma forma protetores e neutros sobre o impacto do risco de eventos cardiovasculares.
Prevenção e Diagnóstico Precoce: A Melhor Forma de Combater o Câncer de Mama e os Problemas no Coração
Embora os tratamentos sejam imprescindíveis para o paciente, a melhor forma de combater o câncer de mama e os problemas no coração é a prevenção e o diagnóstico precoce. Por isso, o cirurgião recomenda uma lista de hábitos, incluindo:
* Realizar periodicamente o autoexame das mamas. Cerca de 80% dos tumores são descobertos no autoexame.
* Mulheres acima de 40 anos devem realizar a cada dois anos, principalmente aquelas que já possuem histórico de câncer de mama na família.
Fonte: © TNH1
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