O Itaú estima R$ 105 bilhões em jogo, considerando medidas anunciadas e cogitadas, incluindo benefício de prestação continuada e seguro-desemprego.
Para que o pacote de revisão de despesas seja eficaz em diminuir a percepção de risco fiscal, é essencial não apenas um corte de gastos, mas um conjunto de medidas que promovam uma redução significativa em risco e garantam a sustentabilidade fiscal do país. Um exemplo disso é o controle rigoroso sobre os gastos públicos, buscando maximizar o retorno dos recursos investidos.
Os especialistas do Itaú Unibanco destacam a importância de um ajuste de pelo menos R$ 60 bilhões até 2026, sendo R$ 25 bilhões em 2025, para garantir o cumprimento do limite de despesas do arcabouço fiscal. Isso não apenas reduziria a percepção de risco, mas também serviria como um passo decisivo na direção de uma gestão fiscal mais responsável. O objetivo é que essas medidas contribuam para uma percepção mais confiante entre investidores e consumidores.
Risco Fiscal: Um Desafio que Exige Ação
A percepção de risco fiscal é um tema de grande importância para o nosso país, e é fundamental abordá-lo de maneira eficaz. Para Emmanuel Macedo, Thales Guimarães, Luiz Cherman e Pedro Schneider, a redução de despesas é um passo fundamental para o cumprimento do arcabouço em 2025. Isso pode ser alcançado com medidas de ‘pente-fino’ que visem o benefício por incapacidade da Previdência, mas ainda há muito a ser feito no Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Percepção de Risco e a Necessidade de Ajuste
Segundo os economistas do Itaú, é necessário um ajuste adicional de ao menos R$ 35 bilhões para 2026, para que o pacote de revisão de gastos tenha sucesso em reduzir a percepção de risco fiscal. Isso é fundamental para evitar medidas onerosas, como a isenção do imposto de renda das famílias até R$ 5 mil, e garantir a transparência em políticas públicas, como o programa ‘pé-de-meia’ e a expansão do programa ‘vale-gás’.
O Papel do Pacote de Revisão de Gastos
O pacote de revisão de gastos pode ser uma oportunidade para reduzir os receios quanto à iniciativas onerosas do ponto de fiscal, como a isenção do imposto de renda das famílias até R$ 5 mil, e ao aumento das criatividades contábeis e retorno de estímulos parafiscais. Além disso, pode garantir que novas políticas públicas e a expansão de políticas existentes sejam contabilizadas de forma transparente e sujeita às regras fiscais vigentes.
Relatório Bimestral e o Risco Fiscal
O relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas será divulgado pelo governo no dia 22, e é fundamental que o governo demonstre um esforço fiscal mais ambicioso, com bloqueio adicional de R$ 10 bilhões. Isso seria um sinal importante de reversão do anúncio de setembro, em que se reduziu o esforço fiscal em termos de contenção de despesas vigentes.
Despesas Discricionárias e o Risco Fiscal
A redução das despesas discricionárias é fundamental para reduzir a percepção de risco fiscal. Com o aumento do corte de despesas discricionárias, o governo pode demonstrar sua capacidade de controlar as despesas e reduzir o déficit primário. Isso é fundamental para evitar medidas onerosas e garantir a transparência em políticas públicas.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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