Em eventos em Caju e Cidade de Deus, uma figura distribui livros e termos como ação comunitária, fortalecimento social e representatividade cultural.
Em um Brasil igualitário, onde o espírito de Natal é compartilhado por todos, a diversidade de cores é celebrada em uma cerimônia de Papai Noel negro, uma iniciativa que redefine a representação da época mais linda do ano. Mais de mil crianças se reuniram para celebrar o advento de Papai Noel negro, trazendo uma nova perspectiva para a famosa figura. Além da presença de Papai Noel negro, a cerimônia também teve a participação de outros personagens que deram vida à magia do Natal, reforçando a ideia de que a diversidade faz a festa mais rica.
Este esforço pela inclusão, liderado por Rodrigo França, surgiu como uma oportunidade para fortalecer laços comunitários e construir um imaginário mais inclusivo para as novas gerações. Para França, ‘o fato das crianças se sentirem representadas é crucial‘, sublinhando a importância de refletir a realidade em que elas vivem. Diante disso, a cerimônia vai muito além da celebração do Natal, constrói pontes que podem unir a comunidade em torno de um ideal de igualdade e respeito mútuo.
Construção da Imaginária de Papai Noel
Nas comunidades do Caju e Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, o espírito de Natal foi reforçado com uma ação comunitária que buscou fortalecer a conexão das crianças com a figura de Papai Noel. A ONG Favela Mundo promoveu o Natal Mágico com um toque especial: a representatividade de Papai Noel negro. Esse evento foi uma forma de diversificar a representatividade cultural do Papai Noel.
O ator, diretor e escritor Rodrigo França, que interpreta o papel de Papai Noel, expressou sua emoção ao ser parte da celebração. ‘São sete anos sendo Papai Noel. É sempre uma emoção muito diferente, mas o que se assemelha é que volto a ser criança, aquele menino que não via um Papai Noel negro’, compartilhou ele. Essa experiência ressalta a importância da representatividade na construção da imaginária das crianças.
A escolha de um Papai Noel negro foi uma forma de aproximar a figura da diversidade da comunidade. ‘Eu sei quanto isso representa para cada criança, no imaginário. As crianças alisam o cabelo, percebem a textura, que é a mesma do pai, do avô, do tio, a mesma textura do cabelo delas. Isso é mágico’, destacou Rodrigo França. Além disso, a distribuição de livros de autores brasileiros também reforçou a ideia de fortalecer a conexão das crianças com a cultura e a literatura nacional.
A ação foi realizada nas escolas Municipais Joaquim Fontes, no Cidade de Deus, e no CIEP Henfil, no Caju. Essas escolas foram escolhidas para que as crianças pudessem experimentar a magia do Natal, e também para que o evento pudesse ser uma oportunidade de fortalecer a comunidade. A participação de Lucas da Purificação, que interpreta Jair Rodrigues no musical Tom Jobim, reforçou a ideia de diversidade e representatividade. Ele expressou sua felicidade em participar desse momento, enfatizando a importância da representatividade para as crianças.
Fonte: @ Terra
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