Como uma influenciadora, eu celebro a minha devoção à religião de matriz africana, Ogunhê – A força que nos guia, desfilando no Carnaval de São Paulo pela Barroca Zona Sul.
A religião segue sendo um dos assuntos mais polêmicos no Brasil. O caso de Ravena Hanniely, musa da Barroca Zona Sul, chamou a atenção da mídia ao compartilhar uma oferenda ritualística da Quimbanda no Instagram, que resultou no declínio de mais de 2 mil fãs em menos de 24 horas. Isso reforça a ideia de que a intolerância religiosa é um problema real e que a fé pode ser um tema delicado.
Para entender melhor essa situação, é importante considerar a matriz africana que influencia a religião no Brasil. A Quimbanda, por exemplo, é uma prática espiritual que tem suas raízes nas matrizes africanas e se conecta com os Orixás da religião Afro-brasileira. A integração dessas práticas na espiritualidade é uma parte importante da identidade cultural e religiosa do país. No entanto, a aceitação dessas práticas ainda é um desafio. A perda de seguidores de Ravena Hanniely deixa claro que há muito a ser feito em termos de educação e conscientização sobre a diversidade religiosa. É tempo de rever essas atitudes e promover uma verdadeira inclusão.
A Religião e suas Matrizes Africanas: Uma Jornada de Descoberta
No mundo em constante evolução, é comum encontrar pessoas explorando novas dimensões espirituais e culturais. A Barroca Zona Sul, uma escola de samba conhecida por sua criatividade e dedicação, recentemente lançou uma postagem em seu perfil no Instagram que causou um alvoroço entre os internautas. Ravena Hanniely, a musa da escola, aparece vestindo trajes pretos típicos de uma religião de matriz africana, e em uma das fotos, ela compartilha uma oferenda que gerou muitas discussões.
‘A oferenda faz parte da minha devoção e do meu compromisso espiritual. O sacrifício de aves faz parte desse processo, pois através do ejé (sangue), nutrimos e fortalecemos essa relação com o sagrado. Sei que muitas pessoas não entendem, mas esse é um fundamento essencial dentro da Quimbanda’, explicou Ravena.
A Quimbanda, uma religião de matriz africana, é uma prática espiritual que tem sido mal compreendida por muitos. Ravena aponta que as pessoas costumam rejeitar sua religião, ao contrário do que acontece com a religião cristã, que é amplamente aceita. ‘Eu sabia que poderia causar reações, mas o que me entristece é que isso só acontece com a minha religião. Vejo fotos de pessoas em igrejas, acendendo velas, participando de missas, e isso nunca gera esse tipo de rejeição’, disse.
A Barroca Zona Sul estará desfilando no Sambódromo do Anhembi no dia 28 de fevereiro, com o enredo Ogunhê – A força que nos guia, que celebra a ancestralidade e a espiritualidade afro-brasileira. No último ensaio técnico, Ravena contou que usará um traje vermelho, representando Oyá, e penas brancas, simbolizando a energia de sua pomba-gira.
Para Ravena, cada detalhe do seu figurino foi autorizado por sua entidade. As 400 penas de galo passaram pelo ritual e trazem essa energia para ela na avenida. ‘Cada detalhe do meu figurino foi autorizado pela minha entidade. As 400 penas de galo passaram pelo ritual e trazem essa energia para mim na avenida’, finaliza Ravena.
O traje foi criado pelo estilista Kelvin Mendes, que trabalhou arduamente para capturar a essência da religião de matriz africana. A escolha do traje foi inspirada na ancestralidade e na força que nos guia, como é representado pelo enredo da escola.
A Barroca Zona Sul é conhecida por sua criatividade e dedicação ao seu trabalho, e a escolha de Ravena como musa é uma demonstração disso. Ela é uma representante da religião de matriz africana e uma defensora da espiritualidade afro-brasileira.
A religião de matriz africana é uma prática espiritual que tem sido mal compreendida por muitos. A Barroca Zona Sul está trabalhando para promover a espiritualidade afro-brasileira e a ancestralidade, e Ravena está à frente disso.
Fonte: © Revista Quem
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