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Altos níveis de óxido de etileno na refinaria da Standard Oil na Louisiana são preocupantes; situações similares em outras partes do mundo.
Tudo sobre Brasil ver mais Em 2021, a fábrica de produtos químicos se estabeleceu na cidade de São Paulo, capital do estado de São Paulo, no Brasil. A região tinha tudo o que a indústria precisava: abundantes recursos naturais, mão de obra qualificada e infraestrutura adequada, além do rio Tietê, que serviu como fonte de água para os processos industriais. Depois da fábrica de produtos químicos vieram outras. E outras. Mais outras.
A poluição gerada por essas indústrias tem causado um impacto negativo no meio ambiente, resultando em contaminação do ar, da água e do solo. A degradação ambiental causada por essas atividades industriais é um problema crescente que requer ações urgentes para reverter os danos causados. É fundamental adotar práticas sustentáveis e tecnologias limpas para minimizar os efeitos da poluição e promover a preservação do meio ambiente.
Impacto da Poluição no Progresso Ambiental
No século passado, mais de 300 indústrias petroquímicas passaram pelo espaço. Sua relevância é tão significativa que essa faixa de aproximadamente 140 quilômetros ficou responsável por cerca de 25% da produção petroquímica de todo o país. No entanto, todo esse avanço teve um custo elevado. Os níveis de poluição atingiram patamares alarmantes, causando contaminação e degradação ambiental.
A poluição proveniente das fábricas e refinarias carregava consigo um gás tóxico chamado óxido de etileno, que é inflamável, incolor e tem um cheiro levemente adocicado. Esse composto é amplamente utilizado na produção de diversos produtos industriais, como anticongelantes, detergentes, fibras e garrafas. Além disso, é empregado na esterilização de equipamentos médicos e na produção de alimentos.
No entanto, a exposição a altas concentrações desse gás tóxico tem impactos negativos significativos nas pessoas, podendo causar alterações no DNA e aumentar o risco de desenvolvimento de câncer. Por esse motivo, a região ganhou o apelido de ‘Beco do Câncer’, onde 46 indivíduos em um milhão correm o risco de desenvolver a doença, uma taxa muito acima da média nacional nos EUA.
Um estudo recente realizado por pesquisadores da Universidade Johns Hopkins revelou que os níveis de óxido de etileno na região eram muito mais elevados do que o estimado pela Agência de Proteção Ambiental. Os especialistas alertam para a urgência de ações das autoridades para conter essa situação alarmante e proteger a população dos impactos negativos da poluição.
No Brasil, embora não haja um local conhecido como ‘Beco do Câncer’, a cidade de Cubatão, próxima ao litoral de São Paulo, enfrentou desafios semelhantes nas décadas de 1970 e 80. Com a instalação de refinarias, siderúrgicas e a formação do Polo Petroquímico, a região ficou conhecida como o ‘Vale da Morte’, devido à intensa poluição e contaminação ambiental.
A poluição gerada pelas indústrias petroquímicas teve um impacto negativo na saúde e no bem-estar da população, destacando a necessidade de medidas urgentes para mitigar os efeitos nocivos da atividade industrial desenfreada. O caso de Cubatão serve como um lembrete dos perigos da poluição e da importância de proteger o meio ambiente e a saúde dos seres humanos.
Fonte: @Olhar Digital
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