Disputas sobre contrato civil ou comercial devem ser julgadas pela Justiça comum, não sendo consideradas trabalhistas, a menos que envolvam direitos de prestador de serviço.
A busca pela Justiça é um direito fundamental em qualquer sociedade. No Brasil, as causas que discutem a regularidade de contratos civis ou comerciais devem ser apreciadas inicialmente pela Justiça comum, que é responsável por garantir a aplicação da lei e a proteção dos direitos dos cidadãos.
Se for verificada a nulidade do negócio jurídico, os autos serão remetidos à Justiça do Trabalho, que é especializada em questões trabalhistas. Nesse caso, o Tribunal terá a responsabilidade de apurar eventuais direitos trabalhistas e garantir que os trabalhadores sejam ressarcidos por qualquer prejuízo sofrido. A Justiça é um direito de todos e deve ser garantida por meio de um sistema judiciário justo e eficaz.
Busca por Justiça: Trabalhador Luta por Reconhecimento de Vínculo Empregatício
Um trabalhador que prestou serviços por dez anos para uma emissora de TV está lutando para que seja reconhecido o vínculo empregatício entre ele e a empresa. O caso foi julgado procedente, mas o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu derrubar a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (Grande São Paulo e litoral paulista) por meio de uma reclamação constitucional.
O trabalhador ajuizou uma reclamação trabalhista contra a rede de televisão, buscando o reconhecimento de vínculo empregatício no período entre 2010 e 2020. No entanto, o ministro Gilmar Mendes entende que, antes de discutir a existência de direitos trabalhistas, é necessário analisar a regularidade do contrato civil de prestação de serviços, o que cabe à Justiça comum. Essa posição tem sido aplicada pelas turmas do Supremo Tribunal Federal.
A Busca por Justiça e a Importância da Análise do Contrato Civil
Para o ministro Gilmar Mendes, a análise da regularidade do contrato civil de prestação de serviços é fundamental para determinar se há direitos trabalhistas a serem reconhecidos. ‘Sem prejuízo de que, se acaso reconhecido algum vício apto a ensejar a anulação do contrato, os autos sejam remetidos à Justiça especializada para decidir acerca de eventuais efeitos trabalhistas’, detalhou o decano do STF.
Essa posição é vista pelo ministro como uma oportunidade de reduzir a enxurrada diária de reclamações ajuizadas no Supremo Tribunal Federal, o que tem gerado críticas reiteradas de Gilmar à Justiça do Trabalho. ‘O que se observa é que a Justiça Trabalhista tem se negado reiteradamente a aplicar as orientações desta Suprema Corte sobre a matéria’, disse ele.
A Luta pela Justiça e a Evolução dos Meios de Produção
O ministro Gilmar Mendes também destacou que a Justiça do Trabalho tem se negado a aplicar as orientações da Suprema Corte sobre a matéria, o que é visto como uma tentativa inócua de frustrar a evolução dos meios de produção. ‘É uma tentativa inócua de frustrar a evolução dos meios de produção, os quais têm sido acompanhados por evoluções legislativas significativas’, disse ele.
A decisão do ministro Gilmar Mendes é um exemplo da busca por Justiça e da importância da análise do contrato civil para determinar os direitos trabalhistas. A luta pela Justiça é um processo contínuo e é fundamental que as instituições judiciárias trabalhem juntas para garantir que os direitos sejam respeitados.
Fonte: © Conjur
Comentários sobre este artigo