ouça este conteúdo
María Oropeza lidera campanha de Edmundo González, defensor dos direitos humanos na Venezuela, em ONG, durante eleição presidencial, diante de ações policiais e manifestações.
Líderes da oposição da Venezuela e entidades de defesa dos direitos humanos protestaram na última terça-feira (6) contra a detenção de María Oropeza, integrante da equipe de campanha de Edmundo González no estado de Portuguesa. A prisão de Oropeza gerou indignação e preocupação entre os defensores da democracia no país.
A repressão do governo contra opositores políticos e ativistas tem sido cada vez mais intensa, resultando em um clima de medo e insegurança. A prisão arbitrária de líderes como María Oropeza é uma clara tentativa de silenciar vozes dissidentes e minar a liberdade de expressão no país. A comunidade internacional precisa agir urgentemente para garantir a libertação desses prisioneiros políticos e combater a escalada repressiva do regime vigente.
Prisão de María Oropeza: Violência e Repressão na Venezuela
Enquanto isso, o governo de Nicolás Maduro justifica as mais de 2 mil prisões dos últimos dias, alegando que são ‘terroristas’ que estão atacando prédios públicos, forças policiais e lideranças chavistas. De acordo com as denúncias de opositores, a detenção de María Oropeza teria ocorrido sem decisão judicial. Ainda não há confirmação oficial dessa prisão por autoridades do país.
A organização não governamental (ONG) de direitos humanos venezuelana Provea divulgou, em uma rede social, o vídeo feito por María Oropeza no momento da prisão. No vídeo, é possível observar policiais arrombando a porta de sua residência. Após entrarem, uma agente de segurança solicita o celular da líder.
Na Venezuela, persiste a política estatal de perseguição e repressão, o que poderia configurar crimes contra a humanidade. É dessa forma que prendem a líder María Oropeza, sem qualquer ordem, como afirmou a Provea.
O governo venezuelano tem sido acusado por países e organizações internacionais de direitos humanos de uso excessivo da força e de repressão política contra manifestações que contestam o resultado da eleição presidencial de 28 de julho.
Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (7), a Provea e a Federação Internacional pelos Direitos Humanos (FIDH) questionaram as ações policiais recentes. Segundo as organizações, ’22 pessoas foram assassinadas, 1.062 detidas arbitrariamente e pelo menos 40 desaparecimentos forçados em apenas uma semana, marcando recordes históricos em comparação com outros períodos de protesto. Esses atos de repressão são resultado de padrões sistemáticos de perseguição anteriormente perpetrados pelas autoridades venezuelanas.’
O Partido Comunista da Venezuela (PCV) também denunciou uma suposta repressão política no país em comunicado feito pelo secretário-geral da legenda, Oscar Figueroa, nesta terça-feira (6). ‘Tivemos notícias de detenções arbitrárias de adolescentes, buscas humilhantes nas ruas, invasões ilegais de residências e roubo de pertences, além de extorsão e ações de grupos parapoliciais em conluio com as forças estatais’, afirmou o dirigente.
Por outro lado, o presidente Nicolás Maduro justificou as mais de 2,2 mil prisões realizadas nos últimos dias, afirmando que se tratam de ‘terroristas’ e que há provas em todos esses casos. Ele citou diversos atos violentos cometidos pelos manifestantes, incluindo o caso de uma idosa chavista de 80 anos que foi ameaçada por um grupo de motoqueiros.
Fonte: @ Agencia Brasil
Comentários sobre este artigo