André Hilário denunciou ser tratado com desrespeito e confundido com entregador de comida, alegando racismo durante o Dia da Consciência Negra, em meio a manifestações.
O racismo no Brasil é um tema complexo e delicado. André Hilário, um professor de 26 anos, enfrentou uma situação chocante em uma unidade da padaria Le Pain Quotidien, localizada no bairro de Higienópolis, em São Paulo. Ele falou sobre como o racismo agiu de forma a deixar as pessoas vulneráveis e amedrontadas.
Segundo relatos, o professor Hilário foi vítima de preconceito e discriminação, demonstrando como o racismo pode atuar de maneira sutil, mas intensa. O racismo é um problema estrutural e histórico no Brasil e é preciso reconhecer que o preconceito e a discriminação são formas de racismo que afetam as pessoas de maneira invisível. “O racismo não é apenas um ato de violência, é um sistema que perpetua a desigualdade”. É essencial falar sobre essas questões e trabalhar para construir uma sociedade mais justa e inclusiva.
Racismo no Brasil: Um Pesadelo Cotidiano
O professor André, um homem que vive em um país marcado pela história do racismo, recentemente teve uma experiência traumática em uma padaria, localizada no coração da cidade, conhecida por sua atitude acolhedora. No entanto, o que aconteceu poderia ter sido previsto, especialmente em um dia tão importante como o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. Nesse dia, as pessoas se reuniam para refletir sobre a história e o legado dos quilombos e seu papel fundamental na resistência contra o racismo. Mas a espera de um dia melhor foi interrompida por um incidente que, para muitos, é apenas mais um exemplo da forma como o racismo se manifesta em todo o território brasileiro.
Um Atendimento Desrespeitoso
André, que estava acompanhado de amigos, havia decidido participar de uma corrida no Pacaembu, um evento esportivo que reúne pessoas de diferentes idades e backgrounds, com o objetivo de promover a saúde e a competição. Após a corrida, enquanto acompanhava seus amigos em uma padaria, o professor se dirigiu ao balcão para pedir um café da manhã. É uma ação simples, mas que, no entanto, foi distorcida por um atendente que, ao invés de um simples ‘bom dia’, tratou-o de forma desrespeitosa, perguntando se ele era um entregador de comida por causa do seu boné.
A Pergunta Ofensiva
O atendente, que não percebeu a violência de sua pergunta, permaneceu calado e aumentou a tensão do momento, e passou a questionar se ele era um entregador de comida. É nesse momento, que a discriminação racial é manifestada de maneira clara, quando a pessoa é tratada de forma diferente apenas por causa da sua cor. O atendente, que não reconheceu a sua própria racista, foi extremamente mal-educado e terminou com a situação, que para André, deixou-o extremamente desconfortável e racista.
Um Momento de Ruptura
A reação do atendente não foi o único problema. O professor também disse que o atendente tentou se explicar, afirmando que tinha pensado que ele era um entregador porque estava de boné. Mas, quando André disse que outros clientes e pessoas no local estavam de boné e que com certeza não foram abordados da mesma forma que ele fui, o atendente não conseguiu mais se explicar. É nesse momento, que a discussão se torna uma manifestação pública, com pessoas se manifestando contra o racismo e questionando a atitude do estabelecimento.
A Consciência e o Racismo
André, que se sentiu ofendido, questionou a atitude do atendente, afirmando que o racismo no Brasil age de forma a deixar as pessoas vulneráveis e amedrontadas. Ele também disse que os comentários racistas sobre a aparência de seu filho após ultrassom 3D, que foram feitos por desconhecidos nas redes sociais, eram apenas mais um exemplo da forma como o racismo pode ser manifestado. O professor também refletiu sobre como o racismo pode ser uma questão de consciência, quando as pessoas não percebem a violência de suas palavras e ações.
Fonte: @ Nos
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