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Projeto de Lei visa recriar bolsa carioca após escândalos financeiros com Naji Nahas e imposto sobre serviços do Fundo Soberano dos Emirados Árabes.
‘Paulista, a celebração está chegando ao fim’, despede-se o governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), no vídeo compartilhado na plataforma Y (antigo Instagram). O político comemora a aprovação do Projeto de Lei (PL) 4567/2025 na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (26).
No mercado financeiro, a notícia da aprovação do PL impulsionou a bolsa de valores, gerando otimismo entre os investidores. A expectativa é de que haja um impacto positivo no mercado de ações nos próximos dias, refletindo a confiança no mercado de capitais.
Projeto de Lei para Estímulo à Bolsa de Valores no Rio de Janeiro
O Projeto de Lei possibilitou ajustes no Código Tributário do Rio visando fomentar a criação de uma nova bolsa de valores na cidade. O prefeito Paes fez uma brincadeira em sua postagem, fazendo menção ao perfil ‘Faria Lima Elevator’, conhecido por suas piadas sobre o mercado financeiro no Brasil. ‘E o beach tennis aqui é na praia de verdade hein…Ah! E prometo não mandar um Naji Nahas [sic] para aí!’, escreveu o político. A proposta foi encaminhada à Câmara de Vereadores da capital fluminense no início deste mês.
Segundo o político, o objetivo é facilitar a recriação da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, que encerrou suas atividades no final da década de 1990, após escândalos financeiros envolvendo o então mega-investidor Naji Nahas. O PL 3276/2024 propõe a redução do ISS (Imposto Sobre Serviços) de 5% para 2% sobre atividades da bolsa de valores, um estímulo ao retorno do mercado de ações carioca.
Mega-Investidor e Fundo Soberano dos Emirados Árabes na Jogada
O colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, divulgou em março deste ano que o Mubadala Capital, fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos, estaria se preparando para estabelecer uma nova bolsa de valores no Brasil, com sede no Rio de Janeiro. Com investimentos do Mubadala, o Americas Trading Group (ATG), responsável por sistemas eletrônicos de negociação de ações, aguarda autorização das autoridades do mercado de capitais para iniciar suas operações.
De acordo com informações do jornal Valor, a futura bolsa ATG buscaria aumentar o volume de negociações no mercado brasileiro, sem competir diretamente com a B3, atualmente a única bolsa de valores autorizada a operar no país. Estima-se que a nova bolsa no Rio comece a operar no segundo semestre de 2025, abrangendo a negociação de ações, derivativos, câmbio e commodities.
A liderança da bolsa seria atribuída a Claudio Pracownik, presidente da ATG com experiência na Genial Investimentos e na Ágora (adquirida pelo Bradesco em 2008). O executivo também acumula passagens por bancos como Pactual, Bozano, Santander Brasil e Plural.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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