Saldo do Dia: Índice de ações em 0, mantido por gigantes em polos opostos. Agenda política se contrapõe à corporativa, alta de ações da Petrobras é receosa, ambiente de taxas em alta nos Estados Unidos.
Na bolsa de valores de São Paulo, o impacto de uma alta de mais de 2% na cotação da Petrobras é considerado um dos principais indicadores de uma possível reversão de tendência. Isso ocorre porque a Petrobras é uma das ações de maior valorização no mercado brasileiro, e uma alta significativa em sua cotação pode levar a um aumento no índice Ibovespa, o que é um sinal de que o mercado está se sentindo mais otimista.
Para os investidores que buscam uma oportunidade de expansão de seu portfólio, uma alta de mais de 2% na cotação da Petrobras pode ser um sinal de que o risco está diminuindo, ou pelo menos que o mercado está começando a se sentir mais seguro. Contudo, é fundamental lembrar que o mercado de ações é caracterizado por um alto grau de incerteza, e que o risco de uma perda significativa é sempre presente. Portanto, é crucial que os investidores avaliem atentamente o risco envolvido e avaliem a sua aversão ao risco antes de tomar qualquer decisão. Além disso, o mercado é conhecido por sua volatilidade, e uma alta significativa pode ser seguida de uma queda acentuada, o que pode resultar em uma perda significativa para os investidores. Portanto, é essencial que os investidores sejam cientes dos possíveis perigos e perdas envolvidos no mercado de ações.
Risco em alta: quando a cautela prevalece ante a incerteza
A terça-feira (12) foi marcada por uma queda de 2,3% da Vale (VALE3), o que neutralizou o efeito positivo esperado do pacote de gastos do governo. A renúncia ao risco, entretanto, não foi suficiente para impulsionar o mercado. O Ibovespa manteve-se estável, com uma desvalorização de 0,14%, aos 127.698 pontos, seu patamar mais baixo em três meses. O volume negociado entre as 86 ações da carteira teórica melhorou, registrando R$ 17,5 bilhões. O mercado segue receoso, mas os bons resultados das empresas da bolsa, muitas consideradas já descontadas, exercem pressão no sentido oposto, de apetite ao risco.
A cautela luta contra a vontade de aproveitar barganhas. Enquanto papéis de bancos recuam marginalmente, as empresas menores avançam com força, repercutindo balanços que agradaram os investidores. Contudo, o noticiário corporativo não conseguiu eliminar o sentimento de aversão ao risco deixado pelo buraco em relação à política fiscal. Sem saber o que esperar, o mercado entra em um limbo que afasta investidores do risco, sobretudo quando a renda fixa paga tão bem. Novamente, os juros voltaram a subir, e os papéis de varejistas e outros setores saem machucados de um ambiente de taxas altas, sem estímulo ao consumo e com crédito caro.
A carga fiscal: um risco que não para de aumentar
A carga fiscal é um dos principais riscos que o mercado enfrenta, e sem uma sinalização mais firme do governo, a incerteza persiste. A Taxa de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 foi de 13,12% para 13,19% ao ano, e os prêmios em contratos de curto prazo estão mais ligados às expectativas dos investidores para a Selic. No médio prazo, houve oscilação de 1,46% nos retornos da taxa para janeiro de 2029, que passou de 12,98% para 13,17%.
A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) também serviu de combustível para esse avanço nos retornos de títulos de renda fixa. O documento demonstra a preocupação com a inflação e com a carga fiscal, o que contribui para o sentimento de aversão ao risco. As empresas, entretanto, continuam a apresentar bons resultados, o que atrai a atenção de investidores que ainda buscam preencher o percentual da carteira destinado à renda variável com boas empresas. Isso reforça a ideia de que, apesar do risco, há oportunidades de investimento, especialmente em empresas menores que avançam com força.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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