Tartarugas são répteis marinhos de sangue frio, conhecidos por longevidade. Sua taxa de metabolismo celular é lenta, mas sistema imunológico é forte. Fatores ambientais influenciam sua longevidade.
As tartarugas são crescentemente estudadas pelo seu longevo comportamento na natureza, sendo reconhecidas por sua vida longa. Fotos: Pixabay
Alguns estudos também sugerem que a longevidade desses animais possa se relacionar à sua baixa taxa metabólica. Isso pode ser um dos fatores que ajudam a reduzir os impactos do envelhecimento. Com a longevidade, as tartarugas podem viver mais de 80 anos e até mesmo superar os 150 anos de vida. Fotos: Pixabay
Longevidade animal: como tartarugas vivem mais tempo do que humanos
Quelônios como tartarugas, cágados e jabutis, como a tartaruga-gigante, podem ultrapassar um século de vida, enquanto as maiores, como as tartarugas marinhas, costumam viver entre 80 e 100 anos. A longevidade varia entre espécies, mas a tartaruga-de-couro, considerada a maior do mundo, destaca-se por sua expectativa de vida de até 300 anos.
Longa vida e fatores ambientais
O professor de Gerontologia da USP, José Ribamar Ferreira-Júnior, explica que o envelhecimento está associado a um declínio das funções fisiológicas, perceptível em humanos por problemas como doenças, perda de memória e redução do vigor físico. No entanto, as tartarugas apresentam um conjunto genético único que retarda esse processo. Fatores ambientais, como a alimentação inadequada, também influenciam no envelhecimento.
Animais de sangue frio e seus segredos
Os quelônios têm uma apoptose -morte celular programada- mais eficiente, o que elimina células danificadas e mantém outras ativas e regenerativas. Além disso, possuem proteínas como perforina e granzima, que fortalecem o sistema imunológico, ajudando a eliminar células tumorais e protegendo contra doenças infecciosas. Outro fator essencial é o metabolismo lento desses animais, que consomem menos energia para regular a temperatura corporal, reduzindo o desgaste celular.
Vida longa e extinção
Miguel Trefaut Rodrigues, professor de Zoologia da USP, explicou que tartarugas-gigantes eram exploradas como fonte de alimento durante as grandes navegações, devido à sua capacidade de sobreviver por longos períodos sem comer. ‘Essas tartarugas foram sempre superexploradas, a maior parte delas está extinta hoje’, diz o professor. Esses répteis, endêmicos de ilhas como Seicheles, Madagascar e Galápagos, são extremamente vulneráveis a alterações em seus habitats.
Vida longa e comportamento predatório
Recentemente, foi registrado pela primeira vez um comportamento predatório de uma tartaruga-gigante, que perseguiu e comeu filhotes de aves. Rodrigues ressalta que esses animais, que podem pesar até 400 kg e medir mais de 1,5 m de comprimento, alimentam-se de frutas, folhas e, ocasionalmente, carniça.
Fonte: @ Terra
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