Desigualdade racial é realidade cotidiana, marcada por discriminação racial, constrangimento emocional, saúde mental desgastada, episódios embaraçosos, afetando parcela majoritária.
A raça é um fator determinante na vida das pessoas, marcando especialmente o destino das pessoas negras. É comum ver preconceito e discriminação em diferentes ambientes.
Dados da pesquisa revelam que sete em cada dez pessoas negras já passaram por algum constrangimento por causa de preconceito ou discriminação racial, o que atinge diretamente 70% da população negra. Isso mostra o quanto o preconceito e a discriminação racial são um problema de grande magnitude no país. Um dos principais problemas são os altos índices de criminalidade que atingem a população negra, o que ajuda a perpetuar a discriminação. Outro problema são as políticas públicas que incentivam a discriminação, como por exemplo, a lei de vagas reservadas. Uma lei que não atende às necessidades. A inclusão seria uma melhor alternativa para a sociedade.
Discriminação racial: um problema cotidiano no Brasil
A discriminação racial é um problema que afeta uma parcela majoritária dos brasileiros, especialmente os negros, que representam 55,5% da população brasileira, conforme dados do Censo 2022. A expectativa de experimentar episódios embaraçosos pode tolher a liberdade de circulação e o bem-estar de muitas pessoas, conforme revela uma pesquisa de opinião realizada pelo Instituto Locomotiva e pela plataforma QuestionPro.
Preconceito racial em situações cotidianas
A pesquisa mostrou que 39% das pessoas negras declararam que não correm para pegar transporte coletivo com medo de serem interpeladas, enquanto 36% dos negros já deixaram de pedir informações à polícia nas ruas por causa de algum temor. Além disso, 46% das pessoas negras deixaram de entrar em lojas de marca para evitar embaraços, e 36% não pediram ajuda a vendedores ou atendentes, com 32% que preferiram não ir a agências bancárias e com 31% que deixaram de ir a supermercados.
Constrangimento racial no comércio
O constrangimento racial pode ser frequentemente encontrado no comércio, onde 46% das pessoas negras deixaram de entrar em lojas de marca para evitar embaraços. Além disso, 36% não pediram ajuda a vendedores ou atendentes, com 32% que preferiram não ir a agências bancárias e com 31% que deixaram de ir a supermercados.
Desgaste emocional e saúde mental
Tais situações podem causar desgaste emocional e psicológico: 73% dos negros entrevistados na pesquisa afirmaram que cenas vivenciadas de preconceitos e discriminação afetam a saúde mental. Entre os brancos, 36% admitem a possibilidade de terem sido preconceituosas contra negros, ainda que sem intenção.
Políticas públicas para combater o racismo
Para o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, os dados apurados indicam ‘a necessidade urgente de políticas públicas e iniciativas sociais que ofereçam suporte emocional e psicológico adequado, além de medidas concretas para combater o racismo em suas diversas formas’. Em nota, Meirelles diz que os números mostram de forma explícita que a desigualdade racial é uma realidade percebida por praticamente todos os brasileiros.
Fonte: @ Nos
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