História de Repressão aos Bailes Funk de Rua na Capital Paulista contada no relatório da Unifesp e Defensoria Pública.
A repressão contra os bailes funk no Brasil, conhecidos como pancadões, tem sido um tema de grande debate nos últimos anos.
A pesquisa revela que a repressão contra os bailes funk é uma prática comum na sociedade brasileira, com muitas pessoas acreditando que esses eventos são associados ao crime e à violência. A criminalização dos bailes funk é um exemplo de repressão que pode ter consequências negativas na comunidade negra e favelada. Além disso, a repressão também pode levar à formação de grupos de resistência, como os pancadões, que se tornaram uma forma de protesto contra a opressão. É importante lembrar que a repressão não resolve os problemas subjacentes e pode, em vez disso, exacerbar a situação.
Um olhar na linha do tempo das repressões aos bailes funk em SP
O cenário dos bailes funk em São Paulo é marcado por uma trajetória de repressão policial, que se intensifica ao longo das duas últimas décadas. Este processo de criminalização, iniciado na periferia, levou a perdas humanas e ao trauma coletivo. Repressão é o termo que melhor define a dinâmica entre as autoridades e os bailes funk de rua.
Revisão de 20 anos de notícias
Um estudo chamado Pancadão, uma História de Repressão aos Bailes Funk de Rua na Capital Paulista, coordena pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo e pelo Centro de Antropologia e Arqueologia Forense da Universidade Federal de São Paulo, analisa por meio de notícias o desenvolvimento da percepção da polícia e do poder público sobre os bailes funk. O período de análise compreende desde a época em que os bailes funk ainda não eram noticiados até o momento atual, em que são frequentemente noticiados como um problema policial, especialmente na capital e cidades vizinhas.
Do início dos bailes funk à repressão violenta
O estudo compreende a evolução da relação entre os bailes funk e o poder público, destacando como a polícia e o poder público agiram em relação aos pancadões. O relatório também destaca como os pancadões tornaram-se cada vez mais frequentes nas periferias, levando a uma repressão policial cada vez mais violenta. Isso resultou no Massacre de Paraisópolis em 01 de dezembro de 2019, durante uma Operação Pancadão, que foi o divisor de águas na história da favela.
Uma associação que busca profissionalizar e resistir
Em resposta à repressão, a Associação dos Profissionais e Amigos do Funk (Apafunk) foi criada com o objetivo de profissionalizar e resistir à perseguição. A associação busca promover a compreensão e o respeito pelos bailes funk, além de oferecer apoio aos jovens que se envolvem com a cultura funk.
A trajetória da repressão policial
As mortes, incluindo o Massacre de Paraisópolis, têm sido resultado de um processo de repressão policial cada vez mais violento. O relatório cita mortes anteriores e posteriores ao Massacre, mostrando o crescente e contínuo das ações proibicionistas. A impressão deixada é que, se o Massacre não tivesse acontecido em Paraisópolis, teria ocorrido em outro local. O estudo destaca a necessidade de uma abordagem diferente, que considere a realidade dos bailes funk e a cultura que os envolve.
O papel do relatório
O relatório Pancadão é um documento sério, com metodologia científica rigorosa, que apresenta uma análise detalhada da história dos bailes funk em São Paulo. O estudo visa embasar discussões informadas sobre o fenômeno cultural, musical, preto e favelado. O relatório é uma ferramenta valiosa para entender a história dos bailes funk e a repressão policial que os envolve, contribuindo para uma abordagem mais crítica e informada da questão.
Fonte: @ Terra
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