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Ministério da Saúde alega problemas técnicos na produção da vacina contra varicela, resultando em quantidade insuficiente e compra internacional emergencial.
A metrópole de São Paulo enfrenta escassez de vacina para a administração da segunda dose do imunizante contra a varicela. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, a quantidade enviada pelo Ministério da Saúde é insuficiente. No âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde), a responsabilidade pela aquisição de vacinas é do Ministério da Saúde.
A distribuição do imunizante para a segunda aplicação da vacina contra a varicela encontra-se comprometida na cidade de São Paulo. A Secretaria Municipal da Saúde destaca a importância do envio adequado de doses pelo Ministério da Saúde para garantir a imunização completa da população. A aquisição de vacinas para o SUS é uma atribuição central do Ministério da Saúde.
Vacina: Importância e Desafios na Distribuição
A vacina é um imunizante crucial para a prevenção de diversas doenças, incluindo a varicela. No entanto, a quantidade insuficiente de doses tem sido um obstáculo enfrentado pelas autoridades de saúde em todo o país. O esquema composto por duas doses, sendo a primeira parte da tetraviral SCR-V e a segunda específica para a varicela, tem sido afetado pela escassez do imunizante.
Em meio à falta de vacina varicela, a cidade de São Paulo tem adaptado seu calendário de vacinação, administrando a primeira dose aos 15 meses, conforme programado, mas a disponibilidade da segunda dose aos 4 anos tem sido parcial e gradual. Essa situação de desabastecimento não é nova e tem gerado preocupações. Em resposta, o Ministério da Saúde realizou uma compra internacional emergencial no início do ano, porém, as quantidades recebidas não foram suficientes para suprir a demanda.
O estado de São Paulo, por exemplo, solicitou 230 mil doses e recebeu apenas 46 mil, evidenciando a discrepância entre a demanda e a oferta. As solicitações subsequentes de mais 460 mil doses em março e abril, seguidas por outras 230 mil em maio, ainda aguardam o envio por parte do governo federal. A justificativa apresentada pelo Ministério da Saúde aponta problemas técnicos na produção da vacina contra a varicela, impactando a regularidade do fornecimento.
Diante desse cenário, o restabelecimento do fornecimento integral torna-se essencial para garantir a imunização adequada da população. Enquanto isso não ocorre, o estoque disponível será distribuído de forma restrita, priorizando grupos de maior vulnerabilidade. A capacidade de fabricação e entrega dos laboratórios ainda não atende à demanda do Programa Nacional de Imunizações, o que gera preocupações quanto à proteção da população contra a varicela.
Em paralelo, os surtos de catapora, mais comuns em ambientes como escolas e creches, têm sido uma realidade preocupante. A capital paulista registrou 69 surtos com 127 casos até meados de junho, sendo maio o mês com maior incidência. As cidades de São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto e Piracicaba foram as mais afetadas, evidenciando a necessidade de ações preventivas.
Nesse contexto, a importância da vacinação contra a varicela é reiterada pelos especialistas, destacando a relevância do reforço vacinal para garantir a proteção da população. A primeira dose é essencial e oferece uma boa proteção, mesmo diante de desafios na distribuição do imunizante. A cobertura vacinal adequada é fundamental para evitar surtos e garantir a saúde coletiva.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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