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Comunicado do Copom impulsionou otimismo na bolsa, mas palavras de Lula limitaram os ganhos no índice de risco.
O impacto das palavras pode alterar completamente o rumo de um rio no mercado financeiro. E a sessão desta quinta-feira (20) foi um perfeito exemplo disso. As palavras contidas no comunicado do Copom, divulgado no final do dia de ontem, influenciaram positivamente o mercado de risco no Brasil. Infelizmente, essa melhora foi passageira.
A volatilidade da bolsa de valores reflete diretamente a sensibilidade do mercado de capitais à menor mudança de cenário econômico. As expectativas dos investidores são moldadas pelas notícias que circulam no mercado financeiro, e a cautela se torna ainda mais presente em momentos de incerteza. É preciso estar atento às nuances da economia para navegar com segurança nesse ambiente tão dinâmico.
Reação do Mercado Financeiro à Decisão do Copom
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, manifestou sua opinião sobre a votação unânime do comitê. Suas críticas foram recebidas com desagrado pelo mercado financeiro, que reagiu de forma contundente. Isso resultou em uma reação imediata, com ativos domésticos sendo punidos. O dia que prometia ser positivo na bolsa brasileira transformou-se em mais uma sessão de altos e baixos, refletindo a volatilidade do mercado de capitais. Como se costuma dizer, o mercado financeiro é imprevisível, e o Brasil pode surpreender a qualquer momento.
Desempenho da Bolsa de Valores e do Dólar
Apesar das turbulências, o índice Ibovespa conseguiu se recuperar ao longo do pregão, encerrando o dia com um ganho de 0,15%, atingindo os 120.446 pontos. Na semana, o índice registrou um aumento de 0,68%, mas no mês de junho acumula uma queda de 1,35%. No acumulado do ano, a queda já chega a 10,24%. Enquanto isso, o dólar, que inicialmente estava em baixa, foi o primeiro ativo a mudar de direção, mantendo-se em alta devido à correção altista das taxas dos títulos públicos americanos.
Impacto das Decisões do Federal Reserve nos Mercados Globais
A postura mais rígida do Federal Reserve dos Estados Unidos teve repercussões nos mercados globais, incluindo o mercado financeiro brasileiro. As declarações do presidente da distrital do Fed de Mineápolis, Neel Kashkari, reforçando a manutenção das taxas de juros em patamares elevados por mais tempo, geraram instabilidade nos índices de Nova York e nas taxas de juros americanas.
Reação Positiva do Mercado à Decisão do Copom
Enquanto isso, no Brasil, a decisão do Copom de manter a Selic em 10,5% ao ano e o tom incisivo do comunicado foram bem recebidos pelo mercado financeiro. A conservação da taxa, em vez de um corte, foi vista como uma medida prudente para evitar possíveis impactos negativos na economia no futuro. Os investidores se sentiram aliviados com o alinhamento dos diretores do Copom com a visão técnica do mercado em relação aos juros.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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