O STF lança nesta segunda-feira um novo módulo de inteligência artificial generativa com corte, integração pela tecnologia STF-Digital.
O Supremo Tribunal Federal está prestes a lançar uma inovação na área de tecnologia: uma ferramenta de inteligência artificial chamada Módulo de Apoio para Redação com inteligência artificial (Maria) que promete revolucionar a forma como os processos são escritos.
Essa ferramenta não apenas é inteligência artificial, como também resulta da aplicação de técnicas de inteligência para resolver problemas complexos de forma artificial. O Módulo de Apoio, por exemplo, contém recursos para oferecer sugestões de redação de textos de acordo com as diretrizes da IA. Com o objetivo de otimizar o tempo dos magistrados no Supremo Tribunal Federal, o recurso será disponibilizado na plataforma de inteligência artificial do tribunal.
Inteligência Artificial: O Futuro do Supremo
A cerimônia de lançamento da inteligência artificial generativa no Supremo Tribunal Federal (STF) será realizada às 15h30, no Salão Branco do edifício-sede, com a presença do presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso. Nesta ocasião, a inteligência artificial generativa, um ramo da inteligência artificial (IA), será inaugurada no STF, criando conteúdos como textos, imagens, vídeos, música e áudio a partir de dados pré-existentes.
A inteligência artificial generativa foi desenvolvida internamente pelas equipes do Supremo e conta com três funcionalidades iniciais: elaboração de resumos de votos, elaboração de relatórios em processos recursais e análise inicial de processos da classe reclamações (RCLs). Essas funcionalidades foram pensadas para auxiliar o trabalho de ministros, servidores e colaboradores da corte.
A ferramenta também agilizará a análise de reclamações (RCLs), analisando a petição inicial e apresentando respostas aos questionamentos que orientam o estudo inicial desse tipo de processo. No futuro, essa funcionalidade será ampliada para gerar relatórios consolidados e identificar precedentes relevantes para o caso.
A inteligência artificial generativa tem como base o sistema Galileu – IA, desenvolvido pelo TRT-4 (RS) para otimizar a produção de minutas de sentenças, mas foi totalmente criado pelas equipes internas do STF. A ferramenta também conta com mecanismos que reduzem as chances de informações incorretas nos textos.
O objetivo da inteligência artificial generativa não é substituir pessoas, mas sim auxiliar o trabalho no STF. Além disso, todas as ferramentas que utilizam IA generativa exigem supervisão humana. O sistema STF-Digital registra quando a inteligência artificial generativa é utilizada, e todos os textos gerados são armazenados para a produção de auditorias, se necessário.
A secretária de Tecnologia e Inovação do STF, Natacha Moraes de Oliveira, afirmou que a nova ferramenta de IA generativa é um marco no avanço tecnológico do tribunal. ‘O objetivo é oferecer apoio tecnológico para dar celeridade e eficiência à prestação jurisdicional,’ disse ela.
Além disso, Natacha ressaltou que os usuários desempenham papel fundamental ao avaliar os conteúdos gerados e enviar avaliações que permitem o aperfeiçoamento contínuo da ferramenta. Ela também mencionou que, em caso de dúvidas ou esclarecimentos, a corte oferece suporte direto aos usuários e pretende promover workshops para capacitação.
Fonte: © Conjur
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