Tabeliã de Iguatemi denunciou desembargadores ao CNJ por favorecimento advocacia predatória registral
Na cidade de Tabeliã de Iguatemi, situada a mais de 400km de Campo Grande, uma tabeliã denunciou os desembargadores Alexandre Bastos, Sideni Soncini Pimentel e Vladimir Abreu ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) por suposto favorecimento. O favorecimento em questão foi destinado à advogada Iolanda Michelsen Pereira, que é alvo de uma investigação por advocacia predatória.
Os desembargadores Alexandre Bastos, Sideni Soncini Pimentel e Vladimir Abreu, alvos da Operação Ultima Ratio da Polícia Federal pela suspeita de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas, foram alvo de uma denúncia feita pela tabeliã em 2023, que remonta a um fato ocorrido em 2021. Nesse ano, a advogada Iolanda Michelsen Pereira acionou a Justiça contra a tabeliã por ato ilegal e abusivo. A denúncia do CNJ é o resultado da denúncia feita pela tabeliã, que supostamente recebeu o favorecimento dos desembargadores em 2021.
Dúvida sobre MAV de R$ 90 mil envolve desembargadora e tabeliã
A advogada Iolanda, titular da DPJ, enfrentou um impasse ao tentar registrar uma casa em Iguatemi. Ela alega que a oficial do Serviço Registral de Imóveis da cidade, Perla Lilian Delgado, não aceitou o valor do MAV de R$ 90 mil, cobrado em função do valor de mercado do imóvel, que era de R$ 830 mil. Iolanda sustentava que o valor do MAV deveria ser apenas R$ 440 mil, o mesmo valor que ela havia pago pelo imóvel.
A ação foi registrada ao CNJ, sob o número 0001982-68.2020.4.00.0000, com a denúncia de favorecimento.
A tabela registral, Perla Lilian Delgado, se defendeu, afirmando que não houve favorecimento. Ela sustentou que a sua ação foi necessária para garantir a eficácia do registro do imóvel.
A decisão foi favorável à advogada, mas a questão permanece aberta.
Fonte: © Direto News
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