Oferta maior e mais flexível deve levar ao preço mais baixo do gás natural no país, com transporte por malha a nível nacional, utilizando o modelo europeu, por meio do Terminal de Cabiúnas e do gasoduto Cabiúnas-Reduc III.
A partir do início do ano, duas das principais distribuidoras de gás natural do País – TAG e NTS -, iniciaram suas operações interconectadas em Macaé, no Rio de Janeiro. Segundo os líderes das duas empresas, a independência das transportadoras, trazida pela Lei do gás, vai impactar positivamente o mercado, tornando-o mais dinâmico e possibilitando uma redução do preço do gás.
As companhias esperam que essa integração contribua para um mercado mais competitivo, o que pode levar a uma menor demanda por gás como insumo. Isso, por sua vez, pode resultar em uma redução no custo de produção, tornando o país mais competitivo no mercado internacional. A interconexão das operações de TAG e NTS deve fortalecer a posição do Brasil no mercado de gás, permitindo ao País aproveitar mais os recursos naturais disponíveis.
Desafios no setor de gás natural brasileiro
A instalação da interconexão bidirecional entre as transportadoras da Nova Transportadora do Sudeste (NTS) e da Transportadora Associada de Gás (TAG) trouxe inovações significativas no mercado de gás natural brasileiro. A redução de custos em 90% para a taxa de entradas e saídas de transporte de gás natural, por exemplo, já atraiu dois grandes clientes: Eneva e BTG Pactual Commodities, com uma demanda total de 220 mil metros cúbicos por dia. Com essa capacidade de transporte em comum, as empresas podem oferecer contratos anuais, mensais, semanais ou diários para seus clientes.
Impactos da regulamentação da ANP no mercado
Após a regulamentação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em 2024, as transportadoras NTS e TAG ganharam a capacidade de operar de forma independente, como as empresas europeias. Com isso, a interligação das malhas de transporte a nível nacional permitiu a integração de ofertas de gás natural de diferentes fontes, incluindo o pré-sal, os campos onshore do Nordeste e os terminais de GNL.
Tendências positivas no mercado brasileiro
Com a maior flexibilidade na oferta de gás natural, os dirigentes das empresas NTS e TAG esperam uma redução no preço da molécula. A abertura do mercado em 2022 no Nordeste, por exemplo, resultou em uma queda de 18% no preço do gás natural. Agora, com a interconexão bidirecional, as distribuidoras podem comprar gás de qualquer lugar, incluindo a Bolívia, o que pode levar a uma maior liquidez e benefícios nas transações a nível nacional. A NTS, por exemplo, está interligada com a Transportadora Bolívia-Brasil (TBG), permitindo a oferta de gás boliviano no mercado brasileiro.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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