A apresentadora se abriu sobre violência sexual no ‘Lady Night’, compartilhando suas experiências com Débora Falabella, advogada criminalista, que abordou o sistema jurídico e a revitimização em momento sério.
A apresentadora revelou que conhece bem a história de violência sexual, pois sofreu abusos durante sua infância e adolescência. “Eu sofrimento de violência sexual foi tão grave que ainda me leva de encontro de meus sonhos e medos. Eu não consigo me livrar da ideia que a violência sexual é algo que não pode ser mudado.
Tata Werneck também falou sobre a importância de falar sobre abusos para ajudar a reduzir o estigma em torno do assunto. “Eu acredito que, para mudar a vida para melhor, devemos falar sobre o que aconteceu. Eu queria ser uma ‘vítima’ de violência sexual e não uma ‘vítima’ de silêncio. Eu não quero mais que as pessoas sofram em silêncio por causa de abusos.
Abuso sexual: Uma história que revela o sofrimento e a violência
A peça ‘A Violência Sexual’ é uma reflexão sobre um tema que afeta muitas mulheres. A atriz Débora Falabella entrou na sala do programa de Tatá Werneck, emocionada, e revelou que a peça fala sobre violência sexual, um assunto que não existe uma mulher que não tenha passado por isso ou tenha uma amiga que tenha passado. É uma história que conta a vida de uma advogada criminalista que foi violentada sexualmente e se vê do outro lado como testemunha e vítima. A peça também aborda a maneira como o sistema jurídico é comandado por homens, o que leva as mulheres a se sentir vulneráveis e desamparadas.
A atriz Débora Falabella sublinhou que as mulheres são mais ‘culpadas’ do que os homens em casos de violência sexual e que muitas são descredibilizadas como vítimas. ‘A mulher é uma vítima, só que ela é julgada como se ela fosse culpada. As pessoas ficam o tempo inteiro descredibilizando ela, ficam fazendo ela reviver tudo que ela viveu, chamam de revitimização. Ela tem que falar, contar sobre a violência que ela viveu o tempo inteiro. É muito cruel a maneira como a mulher, em caso de agressão sexual, é julgada’, observou a atriz.
Tatá Werneck também compartilhou sua experiência pessoal. ‘Eu fui assistir a essa peça com meus pais. Eles lembraram do momento, porque eu nunca falei disso porque tenho medo de falar disso. Eles lembraram quando eu sofri uma coisa super séria, e as perguntas feitas eram sempre diminuindo ou descredibilizando… Desculpa, gente, perdi o controle aqui’, disse ela, com a voz embargada. ‘Descredibilizando como se eu não estivesse falando a verdade. [Perguntavam:] ‘Como ele era?Ele estava vestindo o quê? Mas você estava assim? Por que você não gritou? Por que não chamou a polícia?’ Porque eu estava com medo, estava desesperada’, desabafou.
Débora concordou: ‘Claro, e a gente talvez nem se lembre tanto das coisas, porque está passando por um trauma naquele momento’. A apresentadora contou o que sentiu no momento.’Eu lembro que eu pensava assim: ‘Eu preciso sobreviver’. Se tivesse que fazer qualquer coisa para sobreviver, eu faria. Passaram alguns anos, mas eu me sinto temerosa de falar’, lamentou.
Por fim, Werneck convidou os telespectadores para verem a peça e elogiou Falabella. ‘Essa peça tem que ser assistida. A Débora é brilhante, a peça é fundamental. Ela tem que ser assistida por mulheres, por pais, por homens, por pessoas do poder público. Tem que ser assistida por todo mundo’, concluiu.
Fonte: @ Hugo Gloss
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