Pode haver oscilações nas parcelas de linha-de-financiamento devido a alta inflação e termos como custo-total e capacidade-de-pagamento, afetando valor-financiado e parcelas-fixas.
Em novembro, os especialistas econômicos apresentaram uma visão mais pessimista em relação à inflação no Brasil, com foco no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que afeta diretamente o panorama financeiro de muitos brasileiros. Essa percepção é evidenciada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, um indicador-chave para a economia.
Os impactos da inflação no financiamento habitacional são significativos, já que o IPCA é um dos principais critérios para ajustar o saldo devedor em prazos de financiamentos, influenciando diretamente o poder de pagamento dos emprestados. O cenário de inflação elevada pode levar a uma situação em que nenhuma opção financeira é viável para algumas pessoas, tornando-se um fator limitante para o acesso ao crédito habitacional.
Impacto da Inflação nas Finanças Imobiliárias
A Caixa atualizou as regras para financiamentos, e agora a inflação pode penalizar especialmente quem escolhe a Tabela Price como modalidade de amortização da dívida. Nenhum termo principal foi fornecido, mas a evolução da inflação tende a afetar de maneira especial a Tabela Price, um dos sistemas de amortização em que o saldo devedor diminui mais lentamente.
O IPCA tende a impactar mais a Tabela Price, um dos sistemas de amortização em que o saldo devedor diminui mais lentamente. Isso ocorre porque a inflação oscila muito mais que a Taxa Referencial (TR) e pode ter picos que deixam as parcelas bem mais salgadas. Além disso, as novas regras da Caixa preveem uma fatia de entrada pelo imóvel maior para quem escolhe esse sistema de financiamento.
A linha de financiamento é aquela parte da parcela destinada a reduzir o valor financiado inicialmente, chamado de principal. A outra parte da parcela paga os juros daquele mês, que são calculados sobre o mesmo principal. As mais comuns são a Tabela Price ou o Sistema de Amortização Constante, apelidado de SAC.
Pelas novas regras da Caixa, os compradores só conseguirão financiar até 70% do valor do imóvel pelo Sistema de Amortização Constante (SAC). Antes, era possível financiar o percentual de 80%. Já pelo sistema Price, a fatia cairá para 50%, de 70% até então. Ou seja, o comprador vai precisar demonstrar uma capacidade de pagamento maior de partida nos dois casos.
A capacidade de pagamento é crucial, pois determina a capacidade de o comprador pagar as parcelas do financiamento. O valor financiado é o montante inicial do financiamento, e o valor financiado inicialmente é o principal que será amortizado. As parcelas fixas são uma vantagem da Tabela Price, pois facilitam o planejamento.
No entanto, uma parte maior do pagamento inicial é destinada aos juros, de forma que o saldo devedor demora um pouco mais para ser amortizado. Sobre esse saldo devedor incide a correção mensal da variação da inflação, quando o comprador escolhe esse indexador da linha de financiamento.
O custo total é o valor total pago pelo comprador durante o financiamento, incluindo juros e amortização. O SAC é mais vantajoso para quem visa economizar no custo total do financiamento, mas exige maior capacidade financeira inicial de pagar uma maior parcela no início. A escolha entre a Tabela Price e o SAC vai representar diferentes impactos financeiros a curto e longo prazo no orçamento familiar.
Inflação e Financiamento Imobiliário: Consequências
A inflação pode ter consequências graves para quem escolhe a Tabela Price como modalidade de amortização da dívida. A correção mensal da variação da inflação pode deixar as parcelas bem mais salgadas, aumentando o custo total do financiamento. Além disso, a fatia de entrada pelo imóvel maior para quem escolhe esse sistema de financiamento pode ser uma desvantagem.
A Tabela Price tem suas vantagens, como a estabilidade das parcelas fixas, mas exige que o comprador se prepare para a possibilidade de desembolsos maiores por causa dos juros atrelados ao IPCA. O total pago em juros ao longo do financiamento tende a ser maior do que quando comparado à Tabela SAC, explicou Catarina Cortizo, advogada da área de Imobiliário do Serur Advogados.
Em 2019 e 2020, os bancos, liderados pela Caixa Econômica, lançaram linhas de financiamento indexadas ao IPCA ou à rentabilidade da poupança. A Tabela Price pode ser mais indicada para quem não planeja quitação antecipada, pontuou Frederico Avril, sócio da Septem Capital Gestão Patrimonial e Investimentos.
Impacto da Inflação nas Finanças Familiares
O impacto da inflação nas finanças familiares pode ser significativo, especialmente quando se trata de financiamento imobiliário. A Tabela Price é um sistema de amortização que pode ser mais vantajoso para quem não planeja quitação antecipada, mas exige que o comprador se prepare para a possibilidade de desembolsos maiores por causa dos juros atrelados ao IPCA.
A capacidade de pagamento é crucial, pois determina a capacidade de o comprador pagar as parcelas do financiamento. O valor financiado é o montante inicial do financiamento, e o valor financiado inicialmente é o principal que será amortizado. As parcelas fixas são uma vantagem da Tabela Price, pois facilitam o planejamento.
O custo total é o valor total pago pelo comprador durante o financiamento, incluindo juros e amortização. O SAC é mais vantajoso para quem visa economizar no custo total do financiamento, mas exige maior capacidade financeira inicial de pagar uma maior parcela no início. A escolha entre a Tabela Price e o SAC vai representar diferentes impactos financeiros a curto e longo prazo no orçamento familiar.
A orientação é avaliar o índice de correção da inflação e considerar a capacidade de pagamento do comprador ao escolher a modalidade de amortização da dívida. A Tabela Price pode ser mais indicada para quem não planeja quitação antecipada, mas exige que o comprador se prepare para a possibilidade de desembolsos maiores por causa dos juros atrelados ao IPCA.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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