Haddad anunciou corte de R$ 70 bilhões até 2026, com títulos públicos oferecidos com juros prefixados fixos.
No cenário econômico atual, o governo federal busca consolidar suas finanças, reduzindo o déficit público. Para isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, adotou uma abordagem rigorosa, com o objetivo de garantir o equilíbrio orçamentário. Nesse contexto, uma das medidas anunciadas foi o corte de R$ 70 bilhões até 2026.
Essa ação visa aprimorar a gestão e reorganizar a arrecadação, sem comprometer a destinação de recursos para investimentos. Esse esforço visa manter a estabilidade fiscal, garantindo a capacidade de o governo realizar gastos importantes, como investimentos em infraestrutura e programas sociais. Nesse sentido, o governo está trabalhando para garantir que o tesouro público seja utilizado de maneira eficiente e sustentável, evitando assim a necessidade de aumentar a SELIC, que é a taxa de juros base para o sistema financeiro, o que poderia impactar negativamente a economia. Além disso, o governo também está trabalhando para desenvolver e emitir títulos públicos que possam ser mais atraentes para os investidores, o que poderia ajudar a reduzir o déficit público.
Juros Oferecidos nos Títulos Públicos Despencam, Mas o Tesouro Sabe
Em uma manhã de quinta-feira (28), às 8h, o ministro detalhará o pacote que inclui mudanças significativas no Imposto de Renda, com destaque para a isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês e a cobrança maior para quem recebe acima de R$ 50 mil. Leia também: Governo propõe isentar de Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil por mês e quer cobrar mais de quem ganha acima de R$ 50 mil.
Durante o dia anterior, antes da declaração do ministro, os juros oferecidos pelos títulos públicos dispararam, fazendo com que o Tesouro IPCA+ 2029, o mais curto da modalidade, atingisse um patamar histórico de IPCA + 7,05% ao ano, considerado altíssimo pelos analistas. Além disso, o Tesouro Prefixado, que já havia rompido a barreira dos 13% há dias, acelerou a alta. Mas será que esses números vão acalmar ou agitar mais o mercado de títulos públicos? Para a estrategista chefe do banco Inter, Gabriela Joubert, a sessão pode não ser de mais disparadas, já que algumas incertezas foram desfeitas.
Segundo a analista, a escalada dos juros nos títulos públicos reflete o descontentamento do mercado com as últimas notícias (ou ausência delas) quanto ao fiscal. "De qualquer maneira, enquanto tivermos esses retornos nesses patamares, sem dúvida é oportunidade para quem pode investir. Alocar parte da carteira em títulos que vão remunerar inflação mais 7%, ou até mesmo aproveitar títulos prefixados pode ser uma forma de garantir retornos bons sem grandes riscos. Mesmo o Tesouro Selic, que é bem mais conservador, não pode ser ignorado no patamar atual de juros. A renda fixa sai ganhando mais uma vez," afirmou Gabriela Joubert.
Ela não descarta, no entanto, que ainda haja volatilidade em momentos de incertezas pela frente. Por isso, o ideal é que o investimento em títulos públicos seja carregado até o vencimento. Entre os pontos que devem ser digeridos pelo investidor nesta quinta, está a proposta de mudar a tabela do Imposto de Renda e isentar quem ganha até R$ 5 mil por mês, valor que será compensado pela cobrança maior de impostos para quem recebe acima de R$ 50 mil por mês.
"A nova medida não trará impacto fiscal, ou seja, não aumentará os gastos do governo. Porque quem tem renda superior a R$ 50 mil por mês pagará um pouco mais. Tudo sem excessos e respeitando padrões internacionais consagrados," disse Haddad em rede de rádio e TV. Esse números são bons para comprar? Sim! O que tem se visto nos últimos meses, de acordo com analistas, é que os títulos públicos têm oferecido taxas consideradas altas, então o retorno oferecido pelo empréstimo ao governo está maior e o lucro lá na frente pode ser muito satisfatório, na visão dos analistas.
O que não quer dizer que o investidor não deve ter cautela: com o horizonte ainda cheio de incertezas, o ideal é que haja cautela quanto prazo escolhido em qualquer uma das modalidades. Para investidores que já têm papéis negociados antes da disparada, pode ser uma má notícia se ele estiver pensando em resgatar o investimento antecipadamente. A recomendação de sempre é fazer o máximo esforço para levar o título até o vencimento. As taxas e preços dos títulos são inversamente proporcionais. O que significa dizer que, tanto nos papéis prefixados quanto naqueles que remuneram a inflação, os investidores podem esperar retornos significativos.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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