Projeto de lei aprovado para não banir o aplicativo, a menos que a ByteDance venda.
O TikTok está se defendendo de um possível banimento nos Estados Unidos com um novo argumento: o aplicativo de compartilhamento de vídeos afirma ser um meio de comunicação de propriedade estrangeira.
A ByteDance, empresa por trás do TikTok, está enfatizando que o aplicativo de compartilhamento de vídeos é uma plataforma global que conecta pessoas de diferentes partes do mundo.
O TikTok e o debate sobre sua permanência nos EUA
O TikTok tem sido alvo de um intenso debate nos Estados Unidos devido a um projeto de lei aprovado recentemente, que ameaça banir o aplicativo de compartilhamento de vídeos, a menos que a ByteDance, empresa chinesa proprietária do TikTok, o venda. O aplicativo argumenta que essa medida viola as proteções de liberdade de expressão garantidas pela Constituição americana. No entanto, o Departamento de Justiça dos EUA contesta essa afirmação, argumentando que o TikTok não se enquadra na proteção da Primeira Emenda por ser de propriedade estrangeira.
Nos documentos judiciais mais recentes, publicados na última quinta-feira, o TikTok busca rebater esses argumentos, comparando-se a veículos de mídia renomados. Os advogados do TikTok afirmam que empresas americanas como Politico, Fortune e Business Insider não perdem a proteção da Primeira Emenda mesmo sendo de propriedade estrangeira.
Os argumentos orais sobre o caso estão agendados para começar em 16 de setembro perante um tribunal federal de apelações em Washington, D.C. Uma empresa que poderia se beneficiar significativamente com a proibição do TikTok é a Meta Platforms, dona do Facebook e do Instagram. O Reels do Instagram tem buscado atrair criadores de conteúdo do TikTok para migrarem para sua plataforma.
Uma pesquisa da Wedbush revelou que cerca de 60% dos usuários do TikTok consideram o Facebook ou o Instagram como suas alternativas mais prováveis caso o TikTok seja proibido. O relacionamento do TikTok com outras grandes empresas de tecnologia é complexo, já que mantém parcerias comerciais com algumas delas.
Como parte do ‘Projeto Texas’, o TikTok desenvolveu uma versão autônoma de seu aplicativo hospedada nos servidores da Oracle nos EUA. Além disso, lançou uma plataforma de comércio eletrônico no país e fechou um acordo com a Amazon para permitir compras diretamente pelo aplicativo.
A influência do TikTok vai além das fronteiras dos EUA, despertando discussões sobre consumo consciente e até mesmo gerando controvérsias políticas, como no caso da Venezuela, onde o presidente Maduro criticou a empresa chinesa, chamando-a de ‘imoral’ e acusando-a de fomentar uma guerra civil no país.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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