O Ministério Público do Trabalho em São Paulo recebeu notícia de fato sobre violações trabalhistas na Rede Brasil Pacto Global, incluindo assédio moral, violações cometidas e agenda de desenvolvimento sustentável.
O Ministério Público do Trabalho em São Paulo anunciou o início de uma investigação para apurar possíveis violações trabalhistas na Rede Brasil Pacto Global, uma parceria da Organização das Nações Unidas que visa promover um desenvolvimento sustentável entre as empresas. A investigação se concentra em denúncias de assédio moral em ambientes de trabalho.
Segundo relatos, os casos de assédio moral envolvem situações de trabalho exaustivo e pressão excessiva, que podem levar a sérias consequências para a saúde mental e física dos funcionários. O assédio moral é uma forma de violação trabalhista que pode afetar significativamente a qualidade de vida dos trabalhadores. Neste contexto, o Ministério Público do Trabalho trabalhará para desvendar essas violações e garantir que as empresas responsáveis sejam responsabilizadas. Além disso, a investigação também busca identificar quais medidas podem ser implementadas para prevenir futuros casos de assédio moral em ambientes de trabalho.
Assédio no Trabalho: Acusados de Assédio Moral
Uma notificação de 12 trabalhadores foi levada ao Ministério Público do Trabalho – MPT-SP, denunciando violações cometidas pelos atuais CEO e CSO da organização. Os denunciados são Carlo Pereira e Otávio Toledo, respectivamente. A reportagem ouviu oito denunciantes e três testemunhas, que descreveram condutas dos diretores envolvendo ordens dadas aos gritos, humilhações públicas e jornadas de trabalho de mais de 12 horas. O assédio moral no trabalho é uma prática comum em empresas que não priorizam a sustentabilidade e o desenvolvimento de seus funcionários.
Assédio Moral: Condutas Abusivas
As principais denunciantes são mulheres e descreveram condutas abusivas de Pereira e Toledo, incluindo repreensões públicas e jornadas de trabalho excessivas. Em um caso, Pereira teria batido em uma mesa e repreendido uma colega durante uma reunião. Já Toledo teria chamado as colegas de ‘incompetentes’, ‘imaturas’ e ‘burras’ e desautorizado uma delas porque ‘só diz bosta’. Essas condutas são típicas de assédio moral no trabalho e podem levar a violações trabalhistas.
Assédio no Trabalho: Denúncias e Investigação
Empregados registram reclamações sobre os dois no departamento de recursos humanos e no site do Pacto Global da ONU desde 2022, mas ao menos parte delas foi arquivada após apuração interna da organização. No entanto, o Pacto Global da ONU informou que recebeu novas alegações contra os dois diretores neste mês, quando instaurou um novo procedimento com a ajuda de um escritório externo de advocacia.
Assédio Moral: Negativa e Investigação Aberta
Carlo Pereira e Otávio Toledo negaram as práticas abusivas, afirmando que sua conduta sempre esteve alinhada aos valores que defendem. No entanto, a advogada Juliana Bertholdi, porta-voz dos denunciantes, disse que eles ainda atuam em prol da agenda do Pacto Global por considerá-la essencial para promover transformações sociais. A ONU Brasil informou ter direcionado denúncias internas à matriz do Pacto Global, em Nova York, nos Estados Unidos, e está tratando do caso brasileiro com máxima urgência.
Fonte: © Conjur
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