A petroquímica aprova duas linhas de financiamento para a fábrica instalada em Cubatão (SP) com tecnologia de membrana e unidades de produção de energia limpa.
A Unipar segue em plena transição, um momento marcado pela expansão da sua presença no mercado sul-americano e a consolidação como uma das principais empresas do setor químico da região. Com um histórico de sucesso na produção de cloro-soda e PVC, a empresa está agora focada em expandir suas políticas de transição para atender às crescentes demandas de mercado.
Em um movimento significativo para consolidar essa nova etapa de expansão, a Unipar recentemente recebeu um impulso importante para viabilizar seus planos de investimento. A empresa está trabalhando arduamente para implementar esses planos, visando não apenas expandir sua capacidade produtiva, mas também melhorar a eficiência operacional e a sustentabilidade ambiental. A transição para essa nova fase de crescimento é um desafio ambicioso, mas a Unipar tem demonstrado sua capacidade de sucesso em ciclos de transição anteriores, o que a coloca bem equipada para enfrentar esse novo capítulo. Com esses planos em andamento, a empresa está a caminho de reforçar sua posição como líder no mercado químico da América do Sul.
Transição energética, uma prioridade para a petroquímica
A petroquímica está em fase de transição, com o anúncio de um financiamento de R$ 672,9 milhões junto ao BNDES para o projeto de modernização tecnológica da fábrica instalada em Cubatão, no litoral de São Paulo. Este montante representa cerca de 63% do capex total de US$ 200 milhões orçado para a iniciativa, levando o projeto a 80% de financiamento. Os 20% restantes serão viabilizados com recursos próprios. A transição para uma tecnologia mais limpa é fundamental para a petroquímica, a fim de reduzir o consumo de energia e a produção de resíduos industriais.
Políticas de transição energética
A Unipar já havia aprovado uma linha de US$ 42,9 milhões (cerca de R$ 250 milhões) junto à agência de fomento alemã Euler Hermes, com o prazo de 12 anos. A empresa está trabalhando para garantir a continuidade da unidade com maior eficiência energética e confiabilidade operacional. O projeto foi dividido em duas linhas do BNDES, com a primeira envolvendo o programa Fundo Clima e a segunda via FINEM – Meio Ambiente. A linha de financiamento de R$ 400 milhões tem prazo de até 16 anos, com carência até junho de 2026 e taxa de juros de 7,53% ao ano.
Linhas de financiamento para a transição
A segunda linha, via FINEM – Meio Ambiente, inclui um valor de até R$ 272,9 milhões, com prazo de até 20 anos, carência até junho de 2026 e taxa de juros baseada na TLP (Taxa de Longo Prazo) +1,1% ao ano. Com conclusão até o fim de 2025 e a geração de 1.232 empregos diretos e indiretos durante sua implementação, o projeto de modernização em Cubatão vai passar pela consolidação dos três processos atuais de eletrólise para a produção de cloro e soda em uma única tecnologia.
Transição para tecnologia de membrana
‘O que estamos fazendo é uma transição para uma tecnologia mais limpa’, explica o CFO da Unipar. ‘Vamos descontinuar as tecnologias de mercúrio e diafragma, ao reunir esses processos na tecnologia de membrana, que é a mais ecoeficiente de todas.’ Quando for finalizado, o projeto vai permitir que a unidade alcance uma diminuição de 18% em seu consumo de energia, além de reduzir o volume de emissões de CO² em aproximadamente 70 mil toneladas por ano e o de resíduos industriais em cerca de 150 toneladas anuais.
Políticas de transição energética e sua importância
Com esses ganhos e três projetos já em operação na Bahia, Rio Grande do Norte e Minas Gerais, a projeção é de que a Unipar saia de um índice atual de 65% para 80% da energia consumida em suas unidades no Brasil com origem em autoprodução de energia limpa – eólica e solar. ‘No Brasil, gostamos de ficar com os 20% restantes contratados no mercado privado’, afirma o executivo.
Fonte: @ NEO FEED
Comentários sobre este artigo