Pacientes com retocolite ulcerativa podem alcançar remissão com terapia avançada, indicada para casos moderados a graves, que envolve medicamentos como anticorpos monoclonais que inibem a proteína janus-quinase.
Após uma avaliação rigorosa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu um passo importante para a saúde dos brasileiros, aprovando um tratamento inovador para a retocolite ulcerativa ativa, uma doença inflamatória intestinal que pode afetar negativamente o organismo.
Este tratamento, desenvolvido pela Johnson & Johnson, representa uma esperança para aqueles que lucham contra a retocolite ulcerativa ativa, uma doença inflamatória intestinal que pode causar danos ao cólon, e que agora terão acesso a uma opção mais segura e eficaz para melhorar seu quadro de saúde. Com esta aprovação, os brasileiros podem agora contar com uma alternativa mais robusta para lidar com esta condição, reduzindo assim os sintomas e melhorando a qualidade de vida de quem a sofre.
Desvendando o Potencial do Guselcumabe no Tratamento da Doença Inflamatória
O guselcumabe, um anticorpo monoclonal de ponta, oferece esperança para pacientes com doença inflamatória crônica, como a retocolite ulcerativa. Este medicamento, desenvolvido pela Johnson & Johnson Innovative Medicine, tem sido testado em ensaios clínicos para avaliar seu potencial como uma terapia avançada para a doença.
A aprovação do guselcumabe pelo órgão regulador de saúde considerou um estudo de fase 2b/3, chamado Quasar, que mostrou a eficácia do medicamento em promover a remissão da doença em 50% dos pacientes que receberam doses subcutâneas de 200 mg a cada quatro semanas após um período de 44 semanas. Além disso, 45% dos pacientes que receberam a dose de 100 mg a cada oito semanas também experenciaram a mesma remissão. Em comparação, o grupo placebo obteve apenas 19% de remissão.
O guselcumabe é uma solução terapêutica importante para o tratamento da retocolite ulcerativa, oferecendo taxas de remissão clínica e endoscópica altas, além de um perfil de segurança favorável e flexibilidade na dosagem. Isso torna o medicamento uma ferramenta valiosa tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde.
A experiência de um ano de tratamento com o guselcumabe mostrou que 34% dos pacientes que receberam a dose de 200 mg e 35% dos que receberam a dose de 100 mg obtiveram remissão endoscópica, com cicatrização visível do cólon.
Ainda há uma necessidade significativa de novos tratamentos para a retocolite ulcerativa que equilibrem eficácia e segurança, e o guselcumabe oferece uma alternativa promissora nesse sentido.
O guselcumabe foi aprovado em março de 2018 para o tratamento de pacientes adultos com psoríase em placas moderada a grave e, em maio de 2020, foi liberado para casos de artrite psoriásica ativa também em adultos. Em fevereiro deste ano, a Anvisa aprovou outro tratamento, o upadacitinibe (Rinvoq), da AbbVie, também para o tratamento de retocolite ulcerativa em adultos, aumentando o arsenal de tratamentos para a doença no Brasil.
O medicamento levou a índices de 26% a 52% de remissão clínica da doença. No país, estima-se que há cerca de 56 casos da doença a cada 100.000 habitantes.
A doença inflamatória crônica, como a retocolite ulcerativa, ocorre quando há uma resposta exagerada do sistema imunológico, causando inflamação no intestino. Esse processo pode levar a danos no revestimento do cólon, parte do intestino grosso.
Entre os sintomas, estão sangue nas fezes, fezes soltas e mais frequentes, diarreia persistente, perda de apetite e de peso, fadiga e dor abdominal. Os pacientes costumam apresentar ainda índices altos de depressão e ansiedade.
A ASSINATURA ABRIL
Fonte: @ Veja Abril
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