Startup mudou foco de grupos de compras coletivas para alimentação saudável, crescendo 600% em 12 meses com nova cadeia de distribuição e entrega ponta a ponta.
A Trela, uma plataforma inovadora, nasceu durante a pandemia como uma solução para facilitar compras em grupo, conectando moradores de condomínios a pequenos e médios produtores locais. Com uma proposta atraente, a Trela conseguiu capturar a atenção de investidores como Softbank, Kaszek e General Catalyst, que acreditaram no seu potencial de crescimento.
No entanto, com a retomada das rotinas de antes da crise sanitária, a Trela precisou se reinventar e se adaptar a um novo cenário. A empresa precisou pivotar e encontrar novas oportunidades de negócio. Com isso, a Trela passou a se concentrar em oferecer soluções mais personalizadas e eficientes para os seus clientes, mantendo-se como uma referência no mercado de compras em grupo. A Trela continua a ser uma startup em constante evolução, buscando sempre melhorar a experiência dos seus usuários e se consolidar como uma das principais opções de compras em grupo do país.
A Trela: Uma Jornada de Inovação no Mercado de Alimentação
Com o novo modelo de negócios validado, a Trela acelerou sua expansão em São Paulo, apostando na divulgação por meio de mochilas de entregadores. A empresa nasceu no final de 2020, a partir de uma ideia de Guilherme Nazareth, atual CEO da Trela, quando ainda morava em São Francisco e trabalhava em uma fintech. Ao analisar o mercado brasileiro, Nazareth percebeu que o mercado de alimentação era gigantesco e que a cadeia de distribuição era repleta de intermediários, gerando desperdício e diminuindo a margem para os produtores.
Ao lado dos sócios João Jonk e Guilherme Alvarenga, Nazareth vislumbrou uma oportunidade ao ver os grupos que surgiram de forma orgânica durante a pandemia, com vizinhos que se juntavam para comprar itens diretamente dos produtores que antes forneciam apenas para estabelecimentos comerciais. A Trela surgiu para automatizar esses grupos no WhatsApp, enviar ofertas semanalmente e conectar as duas pontas. No formato inicial, a startup apenas intermediava a compra e a entrega ficava por conta do produtor.
Desafios e Pivôs no Negócio
Em março de 2022, a Trela anunciou uma rodada Série A de US$ 25 milhões (cerca de R$ 127 milhões na época), liderada pelo Softbank e acompanhada por outros fundos de peso como Kaszek, Y Combinator e General Catalyst. No entanto, a startup enfrentou desafios ao tentar expandir sua atuação no país. A entrega feita pelos produtores em horários mais restritos funcionava durante a pandemia, mas, conforme a crise arrefeceu e as rotinas foram retomadas, os clientes começaram a enfrentar problemas para receber as entregas, o que os levou a deixar de comprar com a Trela.
A retenção caiu e a startup começou a ter dificuldade para encontrar novos clientes. ‘Tentamos muito melhorar o nosso negócio. Quando vimos a retenção descendo, tentamos por um ano aumentar o sortimento de produtos, investimos em atendimento e crescemos o time comercial, mas não estava funcionando’, relembra Nazareth. Além disso, os fornecedores pediam para a startup assumir a logística das entregas.
Um Novo Modelo de Negócios
A saída para a Trela foi pivotar o modelo de negócios e se aproximar do que é feito por outros players como Justo e Shopper, passando a controlar o processo de ponta a ponta, desde a oferta dos produtos por um aplicativo até a entrega, com a criação de um centro de distribuição. ‘A gente olhou para dentro para entender se estávamos gerando algum valor. Tivemos conversas difíceis e francas com os investidores. Recebemos uma cobrança alta por causa do capital injetado, mas uma disponibilidade enorme para entender o que estava acontecendo’, afirma Nazareth. Com essa mudança, a Trela busca se consolidar como uma empresa líder no mercado de alimentação, oferecendo uma experiência de compra e entrega ponta a ponta para seus clientes.
Fonte: @ PEGN
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