Depreciação da taxa de câmbio limita cortes de juros em 2025, diz UBS, em política monetária, fiscal.
A expectativa da política monetária do Banco Central para o início de 2024 ainda é incerta, considerando os movimentos recentes do mercado e a taxa de juros. O UBS BB revisou as suas previsões para a Selic sob a luz dos novos cenários econômicos.
A decisão do governo de adotar uma política fiscal mais expansionista e a subsequente apreciação do dólar, que atinge a casa dos R$ 6, têm influenciado a previsão da taxa de juros. Agora, o banco projeta três ajustes seguidos de 0,75 ponto percentual da Selic até atingir uma taxa de 13,5% em março de 2025.
Tendências de política econômica reforçam expectativa de alta da Selic
Acreditamos que o cenário de ajuste fiscal deve ser mais eficaz, para que o Banco Central possa reduzir a taxa de juros. A política fiscal frouxa tem alavancado o desempenho da economia brasileira, embora isso possa não durar. Em nossa opinião, a política monetária está arcando com o ônus da política fiscal frouxa, que está se ajustando menos do que deveria.
A política fiscal frouxa tem sido um grande obstáculo para a política monetária. Com a política fiscal expansionista, o governo está aumentando sua despesa em vez de diminuí-la. Isso impede o Banco Central de aumentar a taxa de juros, o que é necessário para conter a inflação. Além disso, a política fiscal frouxa também está levando a uma maior dependência do crédito, o que pode causar problemas de estabilidade financeira.
Os economistas do UBS afirmam que apenas cerca de R$ 46 bilhões dos R$ 70 bilhões em cortes de gastos prometidos pelo governo ao longo de 2025 e 2026 devem ser efetivados. A contenção de despesas mais tímida junto do anúncio do aumento da isenção do Imposto de Renda revelou ‘uma preferência por não fazer grandes ajustes nas despesas, que, em nossa opinião, são necessários’, escrevem.
A política fiscal frouxa tem sido um grande obstáculo para a política monetária. Com a política fiscal expansionista, o governo está aumentando sua despesa em vez de diminuí-la. Isso impede o Banco Central de aumentar a taxa de juros, o que é necessário para conter a inflação. Além disso, a política fiscal frouxa também está levando a uma maior dependência do crédito, o que pode causar problemas de estabilidade financeira.
O UBS aumentou as previsões para a taxa de câmbio e o IPCA. Agora, o cenário-base do banco aponta para um dólar cotado a R$ 6 no fim de 2024 e 2025, e uma inflação de 4% no final do ano que vem, de 3,5% na projeção anterior.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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