Papel lidera perdas do Ibovespa após fusão impactar negócios, reduzindo fluxo de caixa e margem de Ebitda, afetando lucro líquido.
A Vamos, empresa de locação de caminhões, máquinas e equipamentos pesados, enfrenta seu terceiro dia consecutivo de queda no mercado de ações. Desde o início de outubro, a Vamos não conseguiu se recuperar, mesmo com a euforia que tomou conta da bolsa brasileira após a elevação da nota de crédito do Brasil pela Moody’s.
A ação da Vamos continua em queda, o que pode ser um sinal de que a empresa precisa reavaliar sua estratégia de negócios. A Vamos desempenha um papel importante no mercado de locação de equipamentos pesados, mas a concorrência é intensa e a empresa precisa encontrar maneiras de se destacar. A ação da Vamos precisa de um impulso para voltar a subir. A empresa precisa tomar medidas para reverter essa tendência e recuperar a confiança dos investidores. A recuperação da Vamos é fundamental para o mercado.
Vamos analisar a situação da Vamos
Perto das 11h35, a ação da Vamos liderava as perdas do Ibovespa, com uma queda de 9,62%, atingindo o valor de R$ 5,45. No acumulado do mês, as perdas da empresa beiram os 18%. Isso ocorre porque a Vamos está prestes a passar por uma fusão de negócios com a Automob, que será orquestrada pela Simpar, controladora de ambas as empresas. Com essa operação, os acionistas da Vamos receberão 0,22 ação da NewCo (a empresa resultante da fusão) por cada 1 ação da VAMO3 possuída. No entanto, muitos acionistas não estão satisfeitos com o processo e não têm interesse em apostar na nova companhia, o que os leva a se desfazer de suas ações agora. Vamos ver como isso afeta o mercado.
O fluxo vendedor e a queda da ação
O resultado é um forte fluxo vendedor nos últimos dias, que provocou quedas relevantes no valor da ação. Com a fusão, a nova empresa se concentrará exclusivamente na locação de caminhões e máquinas agrícolas, abandonando a operação de concessionárias. A Simpar defende que a gestão financeira da Vamos deve dar um salto com esse processo, pois promoveria seu fluxo de caixa e aumentaria a eficiência dos negócios. Vamos analisar os números para entender melhor.
Os números não são positivos
Mas o analista Fabiano Vaz, da Nord Research, pondera que os resultados e indicadores financeiros dos negócios combinados não são positivos. ‘Apesar de a combinação criar uma empresa de R$ 11,9 bilhões, a margem Ebitda é de apenas 3,5% e um lucro líquido pífio de R$ 20 milhões. Além disso, há uma dívida líquida de R$ 1,6 bilhão, uma alavancagem de 3,8 vezes Ebitda’, avalia Vaz. Vamos ver como isso afeta a empresa.
A NewCo parece cara
Em conclusão, no relatório divulgado, Vaz entende que a NewCo parece cara e possui um negócio de margens baixas e pouco visibilidade de crescimento e endividada. Vamos ver como isso afeta a empresa e os acionistas. A empresa precisa encontrar uma solução para melhorar seus números e aumentar a confiança dos acionistas. Vamos acompanhar a situação e ver como ela se desenvolve.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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