Vereadora Lessa e motorista Queiroz denunciados por duplo homicídio triplamente qualificado, homicídio tentado e receptação, em dependências restritas do tribunal do juri.
As autoridades brasileiras buscam a condenação mais severa possível para os responsáveis pelo assassinato de Marielle Franco, uma vereadora carismática e defensora dos direitos humanos, assassinada em 2018. O Ministério Público do Rio de Janeiro está trabalhando incansavelmente para garantir que Justiça seja feita, e a condenação de 84 anos de prisão para os executores do crime reflete a gravidade do ato.
O Tribunal de Juri terá a responsabilidade de julgar os réus Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, os homens suspeitos de terem participado do assassinato de Marielle Franco e do motorista dela. A comunidade de motoristas e cidadãos em geral estão ansiosos para ver Justiça ser feita, e acredita que uma condenação severa será um passo importante na direção da restauração da confiança na justiça.
Acusados de duplo homicídio qualificado são levados a julgamento
O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público denunciou Lessa e Élcio de Queiroz por duplo homicídio triplamente qualificado, além de um homicídio tentado e pela receptação do carro usado no crime. Marielle, vereadora, foi uma das vítimas do duplo homicídio. Os acusados foram presos em 2019, após uma operação conjunta com a Polícia Civil.
O Tribunal do Juri selecionou 21 pessoas para julgar o caso. Só sete delas foram sorteadas para compor o júri que irá julgar o crime. Durante o julgamento os jurados ficam incomunicáveis e dormem nas dependências restritas do Tribunal de Justiça do Rio, isolados de qualquer interferência externa. O Ministério Público pretende ouvir sete testemunhas, incluindo a única sobrevivente do atentado, a jornalista Fernanda Chaves, que acompanhava Marielle na ocasião do atentado e trabalhava como assessora da vereadora. O processo abrange mais de 13 mil páginas de documentação. Os denunciados serão ouvidos por videoconferência: Ronnie Lessa, preso em São Paulo, e Élcio de Queiroz, preso em Brasília. Eles já confessaram os crimes e fizeram delações premiadas com a Polícia Federal para ajudar a esclarecer o crime. Lessa foi o responsável por disparar os tiros que mataram Marielle e o motorista da vereadora. Segundo sua versão dos fatos, a ordem do crime foi dada por irmãos Chiquinho Brazão, deputado federal, e Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio. Marielle era vereadora e sua morte veio a ser um choque para a comunidade. Ambos os irmãos negam qualquer envolvimento no crime. Já Élcio de Queiroz foi o motorista do carro usado no crime.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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