Havaiano superou o brasileiro por 2 a 0 na final e igualou Gabriel Medina em títulos, com uma campanha perfeita e histórica.
O feito de Italo Ferreira como tricampeão mundial pode ser visto como surpreendente, mas definitivamente não é uma tarefa impossível. A trajetória até a grande final da temporada foi desafiadora para o atleta que ocupava a quinta posição no ranking: ele precisava superar três competidores e enfrentar o quarto em um formato de melhor de três baterias.
Com garra e determinação, Italo se provou um verdadeiro vencedor, conquistando o tão almejado título mundial. Essa conquista solidifica ainda mais sua trajetória como tricampeão mundial, mostrando que, com esforço, tudo é possível. A vitória é o reflexo de um trabalho árduo e dedicação.
Italo Ferreira e sua Campanha Histórica
O surfista brasileiro Italo Ferreira despachou com maestria os adversários Ethan Ewing, Jack Robinson e Griffin Colapinto nas primeiras disputas em um dia iluminado em Trestles, na Califórnia. Contudo, sua campanha perfeita encontrou um obstáculo formidável nas mãos do havaiano John John Florence. Na final, o líder do ranking se impôs, vencendo Italo por 2 a 0 no formato de melhor de três baterias, consagrando-se assim tricampeão mundial da WSL. Com essa vitória, John John entra para a prateleira histórica de surfistas que conquistaram três títulos na carreira, juntando-se a lendas como Kelly Slater (11), Gabriel Medina (3), Mick Fanning (3), Andy Irons (3), Tom Curren (3) e Mark Richards (4). É importante ressaltar que, nas últimas dez temporadas, o Brasil brilhou ao conquistar sete títulos mundiais, com Gabriel Medina (3x), Filipe Toledo (2x), Italo Ferreira (1x) e Adriano de Sousa (1x) formando o icônico ‘Brazilian Storm’. Dentre os competidores estrangeiros, apenas John John conseguiu romper essa bolha de domínio.
O Desafio em Trestles
Pelo quarto ano consecutivo, a grande final do Circuito Mundial de Surfe foi realizada em Trestles, na Califórnia. Nos últimos três anos, o título da WSL ficou nas mãos de Gabriel Medina (2021) e Filipe Toledo (2022 e 2023). Desta vez, a responsabilidade recaiu sobre Italo Ferreira, o único brasileiro na categoria masculina. O caminho até a final era extenso; ele precisava superar quatro adversários para conquistar seu segundo título mundial na carreira. Italo Ferreira estava em excelente forma em Trestles, levantando a torcida em todas as baterias e garantindo sua presença na final após derrotar Ethan Ewing, Jack Robinson e Griffin Colapinto – que ocupavam as posições 4, 3 e 2 do ranking mundial, respectivamente. Na grande decisão, no entanto, John John Florence se destacou e se consagrou tricampeão mundial.
A Grande Decisão
Na primeira final, John John Florence e Italo Ferreira precisavam garantir pelo menos duas vitórias para se tornarem campeões mundiais. Durante a primeira disputa, Italo estava em vantagem até os momentos finais da bateria. Com um somatório de 15.33 (7.33 + 8.00), o campeão olímpico viu o havaiano, que tinha apenas uma onda 7.17, se recuperar nos últimos segundos. John John pegou sua segunda onda, uma direita promissora, e conseguiu uma nota de 8.33, virando a disputa a seu favor. Assim, o número 1 do ranking venceu a primeira etapa da grande final, assumindo a vantagem de 1 a 0.
Segunda Etapa da Final
Perdendo por 1 a 0 na grande final, Italo Ferreira iniciou a segunda bateria determinado a reverter a situação. Ele abriu a bateria com uma nota de 8.17, animando a torcida brasileira em Trestles. Contudo, assim como o potiguar, John John Florence também possui habilidades impressionantes. O havaiano executou um layback poderoso na direita da Califórnia, impressionando os juízes e conquistando a maior nota do campeonato, 9.70. A disputa estava acirrada e ainda havia esperança para o brasileiro, mas o havaiano continuava firme em sua busca pelo tricampeonato mundial.
Fonte: © GE – Globo Esportes
Comentários sobre este artigo